Avaliação de estratégias de autocuidado versus intervenção presencial gerenciamento de dor crônica lombar e cervical.

Autores

  • JOÃO PEDRO PASSOS FACIOLI UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO (UFTM)
  • ANA CLARA CUTLAC UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO (UFTM)
  • FABIANO ARAÙJO FARIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO (UFTM)
  • ANDERSON ALVES DIAS HOSPITAL DAS CLINICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO (HC-UFTM)
  • LEONARDO FRANCO PINHEIRO GAIA HOSPITAL DAS CLINICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO (HC-UFTM)
  • ANDRÉA LICRE PESSINA GASPARINI UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO (UFTM)

Resumo

CONTEXTUALIZAÇÃO: A dor lombar é uma condição prevalente que impõe desafios significativos ao tratamento. Dada a alta prevalência da mesma, é crucial explorar e identificar intervenções eficazes. Diretrizes clínicas destacam a educação, o exercício e o autocuidado como intervenções recomendadas para o tratamento satisfatório. Apesar das recomendações, a fila de espera em serviços públicos é significativa e há pesquisas limitadas comparando a eficácia de manual de autocuidado em relação aos tratamentos presenciais com exercícios para dor cervical e lombar inespecífica. O manual de autocuidado pode representar uma alternativa custo-efetiva que capacita os indivíduos a manejarem sua condição e reduzirem a dependência do sistema de saúde. Seria o manual de autocuidado tão eficaz quanto os tratamentos presenciais com exercícios na redução da dor e na melhora da função em indivíduos com dor cervical e lombar inespecífica? OBJETIVOS: Comparar a eficácia de um manual de exercícios específicos, como estratégia de autocuidado, no alívio da dor e na melhora funcional de indivíduos com dor lombar e cervical mecânica inespecífica, em relação ao tratamento com os mesmos exercícios realizados presencialmente. MÉTODOS: Este estudo clínico randomizado foi aprovado pelo Comitê de Ética local sob o parecer 2.168.408, onde incluiu 11 voluntários de ambos os sexos, com idade média de 51 (± 3) anos, alocados em dois grupos: grupo manual de exercícios (GM) e grupo presencial (GP). O período de intervenção foi de 4 semanas. O GP realizou os exercícios presencialmente, sob supervisão, duas vezes por semana, enquanto o GM recebeu instruções para realizar os exercícios duas vezes por semana em casa, com acompanhamento por meio de ligações telefônicas, sob supervisão do mesmo profissional que acompanhou o grupo presencial. Ambos os grupos foram avaliados no início e ao final das quatro semanas. RESULTADOS: Não houve diferença estatística entre os grupos, no entanto ambos os grupos registraram magnitude de efeito com relevância clínica classificada de moderada a forte, com grande aplicabilidade para os desfechos mobilidade cervical, mobilidade lombar e atenuação da dor.  CONCLUSÕES: Esses resultados destacam o uso do manual de exercícios específicos de autocuidado como uma estratégia eficaz de suporte para pacientes que aguardam atendimento, principalmente como nos casos do serviço público. IMPLICAÇÕES: A criação e validação de um manual de autocuidado oferece uma alternativa para pessoas que aguardam vagas em filas de espera nos serviços públicos. O uso do manual pode promover a autogestão guiada, o que estimula o engajamento e a responsabilidade do paciente no seu próprio processo terapêutico melhorando a futura adesão ao processo terapêutico proposto e ainda contribui para uma cultura de autocuidado e educação em saúde. O formato do manual é de fácil reprodução e adaptação para diferentes realidades, inclusive em áreas remotas ou com limitação de acesso a serviços de saúde, o que amplia seu impacto social e político.

Publicado

2025-09-11

Como Citar

PASSOS FACIOLI, J. P., CUTLAC, A. C., ARAÙJO FARIA, F., ALVES DIAS, A., FRANCO PINHEIRO GAIA, L., & LICRE PESSINA GASPARINI, A. (2025). Avaliação de estratégias de autocuidado versus intervenção presencial gerenciamento de dor crônica lombar e cervical. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 5(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2702