AVALIAÇÃO DA ARQUITETURA MUSCULAR DO FIBULAR CURTO EM INDIVÍDUOS COM ENTORSE LATERAL AGUDA DE TORNOZELO
Resumo
CONTEXTUALIZAÇÃO: A entorse lateral de tornozelo (ELT) é uma das lesões mais frequentes na prática clínica e dentro do esporte, podendo ser causadoras de algum comprometimento funcional, instabilidade crônica e recorrência. Os músculos fibulares são fundamentais para a estabilidade lateral do tornozelo, porém suas alterações na fase aguda da lesão ainda são pouco exploradas. Avaliações por imagem, como a ultrassonografia, podem fornecer informações relevantes para a conduta terapêutica precoce. OBJETIVOS: Avaliar, por meio de ultrassonografia, a arquitetura muscular do fibular curto em indivíduos que apresentem ELT em fase aguda. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional longitudinal. A amostra é composta por pacientes de ambos os sexos com idade entre 18 e 60 anos diagnosticados com ELT por um profissional de saúde. Estão sendo avaliados: a espessura muscular, ângulo de penação, comprimento do fascículo e ecogenicidade do músculo fibular curto por ultrassom (US). Os participantes são avaliados em dois momentos: a primeira avaliação é realizada pós-lesão e a segunda avaliação acontece após 6 semanas e comparados a um grupo controle. O estudo foi aprovado pelo CEP sob número: 68997923.2.0000.8093. RESULTADOS: Os resultados parciais até o presente momento foram composta por 28 participantes, distribuídos entre o grupo agudo (n = 14; 9 mulheres, 5 homens) e o grupo controle (n = 14; 7 mulheres, 7 homens). No grupo agudo, a média de idade foi 30,1 ± 10,1 anos, altura 1,69 ± 0,10 m, peso 74,2 ± 19,2 kg e IMC 25,7 ± 5,1 kg/m². No grupo controle, a média de idade foi 28,5 ± 5,6 anos, altura 1,71 ± 0,10 m, peso 74,8 ± 19,1 kg e IMC 25,4 ± 4,8 kg/m². Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos (p > 0,05). A espessura muscular apresentou médias de 1,40 ± 0,26 cm no agudo e 1,44 ± 0,31 cm no controle, p = 0,71 com tamanho de efeito (d = -0,14). Para o ângulo de penação, os valores foram 14,39 ± 3,68° no agudo e 13,77 ± 3,32° no controle, p = 0,65, d = 0,18. Já o comprimento do fascículo teve médias de 5,62 ± 1,76 cm (agudo) e 6,03 ± 0,86 cm (controle), p = 0,45, d = -0,29. CONCLUSÕES: Não foram observadas alterações significativas na morfologia do músculo fibular curto nas primeiras seis semanas após entorse de tornozelo. Esses achados parciais sugerem que a estrutura do músculo se preserva no período agudo-subagudo, o que pode auxiliar na definição do tempo de reabilitação. IMPLICAÇÕES: Este estudo pode contribuir para compreensão das alterações musculares após uma ELT, auxiliando na definição de condutas específicas na fase inicial da lesão. Avaliação precoce permitirá identificar alterações musculares antes que adaptações secundárias ocorram. Isso favorece a compreensão das possíveis consequências da entorse sobre a arquitetura muscular.Publicado
2025-09-11
Como Citar
DE BRITO AGUIAR, R. (2025). AVALIAÇÃO DA ARQUITETURA MUSCULAR DO FIBULAR CURTO EM INDIVÍDUOS COM ENTORSE LATERAL AGUDA DE TORNOZELO. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 5(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2747
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Seção
Resumo