Tratamento fisioterapêutico em indivíduo em pós-operatório de alongamento ósseo e fixação externa com Ilizarov no fêmur: um estudo de caso
Resumo
CONTEXTUALIZAÇÃO: A deficiência congênita do fêmur é caracterizada pela presença de deformidade e deficiência do fêmur, de forma não progressiva e presente ao nascimento. É observada discrepância de comprimento do membro ipsilateral, coxa curta, atitude em rotação externa do quadril ou contratura em flexão, abdução e rotação externa, instabilidade do quadril e/ou joelho, geno valgo associado ou não a contratura em flexão, subluxação ou lateralização da patela. Possui duas formas de tratamento, o conversador, em que se faz o uso de próteses, órteses ou palminhas, e o não conservador, que se trata da realização de cirurgias, como por exemplo, a técnica de Ilizarov (conhecida como distração osteogênica), para estabilizar e separar gradualmente as extremidades ósseas. OBJETIVOS: Apresentar o caso clínico de um paciente submetido a um procedimento cirúrgico de alongamento ósseo, utilizando a técnica de Ilizarov como tratamento não conservador para deficiência congênita do membro inferior. MÉTODOS: Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da UFPEL, sob parecer número 7.045.717. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e qualitativo, do tipo relato de caso, ocorrido nas dependências da Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Federal de Pelotas (UFpel) - Rio Grande do Sul. Participou deste estudo um sujeito de 16 anos de idade, com deficiência congênita no membro inferior esquerdo, em pós-operatório de alongamento ósseo, com fixador externo no fêmur. Inicialmente, foi aplicada uma ficha de avaliação, com dados sociodemográficos e de saúde, além de ser realizado seu exame físico, coletando informações quanto a mobilidade articular, força muscular, dor, marcha e equilíbrio. Foi aplicado um programa de tratamento de oito semanas, o qual possuía como objetivos ganho de amplitude de movimento, força e equilíbrio, redução da dor, educação e adequação às atividades de vida diária e sociais, e incentivo à marcha com descarga de peso no membro afetado e uso da órtese auxiliar. Ao final das oito semanas, o sujeito foi reavaliado pelos mesmos métodos iniciais. RESULTADOS: Foi observada melhora na amplitude de movimento passiva e ativa de flexão de joelho e quadril, além de melhora na força muscular, melhor mobilidade funcional e equilíbrio, além de redução expressiva na dor. Além destes, também foi possível perceber uma maior confiança na marcha, maior autoestima e convívio social. CONCLUSÕES: O tratamento fisioterapêutico abordado no paciente em questão foi de extrema importância, pois auxiliou na melhora da mobilidade articular, força muscular, equilíbrio e independência funcional. IMPLICAÇÕES: A fisioterapia tem um importante papel na reabilitação pós-operatória de alongamento ósseo por deficiência congênita do fêmur.Publicado
2025-09-11
Como Citar
ZARDINELLO, E., DA SILVA SANES, I. C., FISCHER KLUG, A. L., PIAZZA LUZA, L., VINHOLES SIQUEIRA, F. C., & PIAZZA LUZA, L. (2025). Tratamento fisioterapêutico em indivíduo em pós-operatório de alongamento ósseo e fixação externa com Ilizarov no fêmur: um estudo de caso. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 5(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2755
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Seção
Resumo