AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR E AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE QUADRIL EM CORREDORAS DE RUA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA-PR
Resumo
CONTEXTUALIZAÇÃO: A corrida é um dos esportes mais antigos, democráticos e praticados no mundo. Sua biomecânica envolve cargas consideráveis sobre estruturas dos membros inferiores (MMII), com picos de força podendo atingir duas a três vezes o peso corporal por passo. Lesões relacionadas à corrida são atribuídas ao desalinhamento dos MMII, limitação da amplitude de movimento (ADM), alteração de padrões motores e diminuição da força muscular. Tais disfunções comprometem a capacidade de atenuação de carga pelo corpo, aumentando o risco de sobrecargas e lesões. OBJETIVOS: Avaliar a ADM e força muscular isométrica de quadril em mulheres praticantes de corrida de rua em Curitiba. MÉTODOS: Estudo observacional transversal, aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal do Paraná (CAAEE: 98134918000000102). Foram avaliadas mulheres, entre 30 a 40 anos, que participaram de ao menos uma prova de corrida de rua no último ano em Curitiba-PR. As participantes responderam a um questionário semi-estruturado, contemplando volume de treino, incidência de lesões e fatores associados ao desempenho esportivo. Também foram avaliadas quanto a ADM e força muscular isométrica de quadril. RESULTADOS: Participaram 124 mulheres, com média de idade de 38,04±5,42 anos. Dessas, 34,7% tinham até 2 anos de prática; 19,4% relataram volume de treino entre 15 à 20km/semana; 56,5% treinavam exclusivamente no asfalto; 49,2% praticavam musculação e 41,9% realizavam outras atividades físicas. Lesões decorrentes da corrida foram relatadas por 53,2%, sendo que, entre essas lesões, 37,8% apresentaram lesão no quadril (60% no direito e 40% quadril esquerdo). Os valores médios para ADM do quadril foram: flexão (D: 127,9º±12,78º; E: 127,76º±13,01º), extensão (D: 32,89º±10,07º; E: 31,76º±9,72º), abdução (D: 49,92º±13,46º; E: 50,61º±13,56º), adução (D: 36,84º±8,78º; E: 37,18º±9,12º), rotação interna (D: 42,45º±13,69º; E: 41,10º±13,84º), rotação externa (D: 34,55º±9,53º; E: 33,32º±9,69º). A força isométrica média no quadril foi: flexão (D: 8,85±3,19kgf; E: 8,72±2,95kgf), extensão (D: 7,59±2,17; E: 7,6±2,24kgf), abdução (D: 9,84±2,93; E: 9,61±3kgf), adução (D: 8,78±2,5; E:8,53±2,57kgf), rotação interna (D: 7,63±2,21; E: 7,44±2,21kgf), rotação externa (D: 7,7±2,2; E: 7,61±2,24kgf). CONCLUSÕES: A maioria das participantes relatou histórico de lesões relacionadas à corrida. Adução e rotação externa de quadril apresentaram ADM reduzida; os movimentos: extensão, adução e rotação interna de quadril estavam no limite inferior. Também apresentaram redução da força muscular isométrica em todos os movimentos do quadril. IMPLICAÇÕES: A avaliação funcional mostra-se essencial para identificação precoce de disfunções, embasando a prescrição de exercícios voltados ao aumento da ''performance'', promovendo equilíbrio entre ADM e força, reduzindo o risco de lesões.Publicado
2025-09-11
Como Citar
MONEGAGLIA, T. T., GONÇALVES MALINOSKI, M., MAKIYAMA DA SILVA, R., GIANELLO GNOATO ZOTZ, T., & BRANDT DE MACEDO, A. C. (2025). AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR E AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE QUADRIL EM CORREDORAS DE RUA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA-PR. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 5(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2783
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Resumo