AVALIAÇÃO DO CONTROLE POSTURAL EM INDIVÍDUOS COM DOR LOMBAR INESPECÍFICA E ASSINTOMÁTICOS

Resumo

CONTEXTUALIZAÇÃO: Contextualização: Dor lombar é uma das condições de saúde mais comuns e uma das principais causas de incapacidade, com etiologia multifatorial. Diversos fatores de risco têm sido associados ao desenvolvimento de dor lombar, incluindo alterações no controle postural. OBJETIVOS: Objetivos: O objetivo do estudo foi analisar o controle postural entre indivíduos com dor lombar inespecífica e indivíduos assintomáticos, avaliando a influência dos sistemas proprioceptivo, visual e vestibular. MÉTODOS: Métodos: Foi realizada uma pesquisa transversal com indivíduos com dor lombar inespecífica e indivíduos assintomáticos. O controle postural foi avaliado por meio da análise do deslocamento do centro de pressão (COP), incluindo deslocamento anteroposterior (AP) e médio lateral (ML), mínima e máxima oscilação do baricentro, comprimento do traço, raio e velocidade. A análise das variáveis do deslocamento do COP foi realizada utilizando a plataforma de força BTS Bioengineering modelo P-6000 (PLT-001). Para avaliar a influência dos sistemas proprioceptivo, visual e vestibular foram utilizados 8 posicionamentos diferentes sobre a plataforma de força, que incluíram superfícies estáveis ou instáveis, olhos abertos ou fechados, e cabeça em posição neutra ou com extensão da coluna cervical. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) sob o parecer nº 6.089.723 (CAEE: 69500523.0.0000.5367). RESULTADOS: Resultados: Foram analisados dados de 20 indivíduos, 10 com dor lombar inespecífica e 10 assintomáticos, sendo 70% mulheres e 30% homens, em ambos os grupos. No grupo com dor lombar inespecífica a média de idade foi de 56,1 ± 5,9 anos e no grupo assintomático 55,6 ± 5,5 anos. Os resultados demonstraram que não houve diferenças estatisticamente significativas na maioria das variáveis de deslocamento do COP analisadas entre indivíduos com dor lombar inespecífica e assintomáticos. Foram observadas diferenças significativas em apenas duas variáveis, a mínima oscilação do baricentro (p = 0,011), avaliada na posição em superfície estável, com os olhos fechados e posição da cabeça com extensão cervical, e o deslocamento anteroposterior (p = 0,007), avaliado na posição em superfície instável, com os olhos abertos e cabeça com extensão cervical. CONCLUSÕES: Conclusão: Conclui-se que, na amostra estudada, os indivíduos com dor lombar inespecífica não apresentaram diferenças significativas no deslocamento do COP na maioria das análises, quando comparados aos indivíduos assintomáticos, o que sugere pouca influência da dor lombar inespecífica no controle postural, mesmo sob privação visual, aumento da demanda proprioceptiva e da demanda do sistema vestibular. IMPLICAÇÕES:  Implicações: Os achados sugerem que a dor lombar inespecífica não afeta significativamente o controle postural, mesmo sob influência da privação visual, bem como o aumento da demanda proprioceptiva e vestibular.