CORRELAÇÃO ENTRE A AVALIAÇÃO PELA ESCALA VISUAL NUMÉRICA DA DOR E A ALGOMETRIA DE PRESSÃO EM PACIENTES COM DOR LOMBAR
Abstract
Introdução: A queixa de dor lombar é recorrente na pratica fisioterapêutica e a avaliação desta é de suma importância para traçar estratégias de tratamento fisioterapêutico e monitorar a evolução do paciente. Assim, a Escala Visual Numérica de dor (EVN) é um instrumento frequentemente utilizado na pratica clínica para avaliação, entretanto seus resultados são subjetivos uma vez que a percepção de dor é individual, ja o algometro permite avaliação mais objetiva da dor pois, quantifica-a em quilogramas força, entretanto, sua utilização na pratica clínica é restrita. Objetivo: Estabelecer correlação entre a avaliação pela EVN e o algometro. Métodos: o estudo é quantitativo experimental e foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Parana (CAAE: 44642615.2.0000.010). Foram selecionados 105 pacientes com dor lombar cronica que foram submetidos a uma avaliação inicial pela EVN e pela algometria de pressão a 5cm à esquerda (L3E) e direita (L3D) da 3ª vértebra lombar e a 5cm à esquerda (L5E) e direita (L5D) da 5ª vértebra lombar. Então foram submetidos a 30 minutos de intervenção (Tens convencional, Tens burst e placebo) e reavaliados pelos mesmos instrumentos. Para analise estatística foi utilizado o teste de correlação de Spearman entre as variaveis da avaliação pré-intervenção e da variavel de diferença entre resultados pré e pós-intervenção e analise de regressão, com nível de significância (p) pela ANOVA menor que 0,05. Resultados: Foi verificada correlação negativa entre avaliação inicial dos pontos pelo algometro e pela EVN (L3E: R²=0,003, p=0,606; L3D: R²=0,002, p=0,669; L5E: R²=0,006, p=0,448; L5D: R²=0,000, p=0,844), demonstrando que indivíduos com a mesma percepção podem ter diferentes limiares de dor à pressão. A correlação negativa entre a diferença das avaliações pré e pós-intervenção da EVN e algometro foi forte para a diferença do ponto L3E (R²=0,097, p=0,001), L3D (R²=0,098, p=0,001) e L5E (R²=0,108, p=0,001), então conseguem detectar a mesma variação, de maneira oposta, de dor no período pós-intervenção entre os indivíduos de grupos diferentes. Visto que, a melhora da dor significa redução pela avaliação pela EVN e significa aumento da tolerância a dor por pressão pela algometria. Conclusão: As avaliações subjetiva e objetiva da dor não se correlacionam, porém, ambas são eficazes na avaliação da dor, conseguindo proporcionar um diagnóstico condizente com a sensação, percepção e limiar doloroso do paciente.