PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE FRATURAS DE FÊMUR NO BRASIL
Abstract
INTRODUÇÃO: As fraturas de fêmur representam um problema mundial de saúde pública, pois a falência nesse osso geralmente compromete a funcionalidade da marcha e dificulta a independência do indivíduo. Os números de morbimortalidade por fraturas nessa região são altos, sendo primordial conhecer as características epidemiológicas na população. OBJETIVOS: Identificar o perfil epidemiológico das fraturas do fêmur no Brasil no período de 2012 a 2016. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, utilizando os dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), disponíveis no Departamento de Informatica do Sistema Único de Saúde (DATASUS), referentes a morbidade hospitalar por local de internação. Foram analisados dados do período de janeiro de 2012 a dezembro de 2016. RESULTADOS: Nos últimos 5 anos, foram registradas 2.704.949 internações por fraturas em geral, destas 86% correspondem a fraturas de ossos dos membros e 17% especificamente fraturas do fêmur. O número de fraturas nessa região aumentou cerca de 20% de 2012 a 2016, sendo registrados 449.978 casos. O ano de 2016 teve a maior quantidade, correspondendo a 98.420 registros. A Região Sudeste contém o maior número de internações, tendo em média 47% dos casos do Brasil, respectivamente o estado de São Paulo é líder nas internações. A Região Norte apresenta a menor quantidade, tendo apenas 6% dos casos. O sexo masculino é o mais afetado, porém a diferença entre sexos esta reduzindo, pois nos últimos 5 anos, a quantidade em mulheres aumentou mais de 5%. A faixa etaria mais atingida é acima de 80 anos e os idosos são responsaveis por mais da metade das fraturas de fêmur, nos anos de 2015 e 2016. Houve redução de internações em jovens adultos e a raça mais acometida é a branca. Em média 3% dos internados por fraturas de fêmur vão a óbito e de 2012 a 2016 houveram 13.172 mortes. CONCLUSÃO: As fraturas de fêmur constituem um problema de saúde pública, pois produzem incapacidades, reduzem a funcionalidade, pioram a qualidade de vida e expectativa de vida das vítimas, e geram altos custos para o sistema de saúde. Evidencia-se a importância de serem elaboradas estratégias para diminuir a sua ocorrência. É fundamental que os profissionais da saúde conheçam esta epidemiologia, para que realizem medidas de prevenção efetivas e promovam um cuidado interdisciplinar. Nesse sentido, deve-se enfatizar que a fisioterapia é importantíssima, pois atua na reabilitação das pessoas que são acometidas por esses traumas.