PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES TRAUMATO-ORTOPÉDICOS ASSISTIDOS NA CLÍNICA ESCOLA DE UMA UNIVERSIDADE PRIVADA EM CURITIBA-PR
Abstract
O estudo da epidemiologia tem como foco compreender os fenomenos relacionados à saúde das populações, com o objetivo de desenvolver ações que possibilitem modificar padrões associados ao desencadeamento de doenças. A fisioterapia traumato-ortopédica é fundamental na promoção da saúde em todos os níveis de atenção. O objetivo do estudo foi verificar o perfil epidemiológico dos pacientes assistidos na clínica escola de uma universidade privada em Curitiba-Pr. Foram coletados dados nos prontuarios dos pacientes traumato-ortopédicos assistidos na clínica entre Janeiro de 2011 e Agosto de 2016. As variaveis estudadas foram, sexo, idade, sítio domiciliar, profissão, doença pela qual procurou o atendimento fisioterapêutico, região do corpo acometida, tempo e números de atendimentos na fisioterapia. As doenças foram categorizadas em 9 grandes grupos: processos inflamatórios e mecânicos; algicos; degenerativos ou reumatológicos; fraturas, síndrome posturais; pós-operatórios; diagnósticos mistos; outras doenças e não informada. As regiões registradas como específicas foram: coluna cervical, toracica, lombossacra, quadril, joelho, tornozelo, pé, ombro, cotovelo, punho, mão, articulação temporomandibular e não especificada. Foram analisados 761 prontuarios(461 pacientes). O perfil encontrado foi de pacientes do sexo feminino (69%) e de moradores de bairros próximos à instituição(50%). A idade média foi de 47,69 (± 16,23) anos, na maioria aposentados(13,45%), donas de casa (11,28%) e zeladores(6,51%). Os pacientes atendidos apresentaram como principais diagnósticos os processos inflamatórios e mecânicos(40,13%), seguido dos degenerativos ou reumatológicos (30,49%). A região geral do corpo mais acometida foi o membro inferior (44,68%), embora a coluna lombossacra tenha sido a região específica mais atendida (27,77%). Os pacientes que pertenciam a mais de um grupo de doença tiveram um tempo de tratamento maior e de mais atendimentos do que os outros grupos. Os resultados encontrados salientam a importância de reconhecer a atenção primaria como primordial na diminuição das disfunções musculoesqueléticas da população contribuindo para sua saúde e bem-estar.