QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES APÓS DEZ ANOS DE DISCECTOMIA LOMBAR
Abstract
Introdução: A dor lombar é o sintoma doloroso mais comum do ser humano. Quando não ha melhora com tratamento convencional, opta-se pela microcirurgia da hérnia discal, que realiza uma descompressão da raiz afetada através da ressecção do conteúdo. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de pacientes que realizaram microdisectomia lombar ha 10 anos. Comparando os dados obtidos pelo questionario Medical Outcomes Study 36 – Item Short – Form Health Survey (SF 36) no pós cirúrgico e dez anos após o procedimento. Metodologia: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitario de Brasília, número 045670/2016. O estudo observacional descritivo possui amostra aleatória composta por 46 voluntarios participantes do estudo “Eficiência de protocolos fisioterapêuticos específicos aplicados em pacientes no pós- operatório de hérnia de disco lombar”. Dados obtidos pelo questionario SF 36 aplicado com o mesmo protocolo no pós cirúrgico e após de dez anos do procedimento. Resultados: Representando 21,74% da amostra inicial, atualmente tem 10 participantes com média de idade de 55,3± 9,08 e IMC 24,66±3,2 Kg/m². Foi admitindo valor de nível descritivo (P) igual ou menor que 0,05. Sendo encontradas diferenças significativas nos valores obtidos através do SF-36 em limitações por aspectos físicos com p=0,006, limitações por aspectos emocionais com p=0,011 e aspectos sociais com p=0,033, apresentando melhoras após a primeira avaliação realizada. Discussão: Observa-se maior incidência da hérnia discal nas regiões de L4/L5 e L5/S1 e associação da dor com a fraqueza da musculatura estabilizadora. O SF-36 avalia se o indivíduo tem necessidade de diminuir a carga de trabalho e dificuldade em realizar tarefas, e atualmente os pacientes apresentam melhores condições físicas. Outra alteração foi nos aspectos emocionais pois a dor intensa reduz a capacidade funcional para as atividades de vida diaria interferindo diretamente no convívio familiar e social. Silva (2011) relata que o tempo médio entre procedimentos cirúrgicos é de 58 meses, com recidiva mais frequente no primeiro ano, estavel nos primeiros cinco anos, decrescendo até os dez anos e depois esporadica. Conclusão: Os pacientes apresentam melhora na qualidade de vida após 10 anos do procedimento cirúrgico, pois a ressecção do conteúdo melhorou as limitações por aspectos físicos, contribuindo para o melhor convívio social e emocional dos indivíduos.