EFEITO AGUDO DO EXERCÍCIO COM BARRA FLEXÍVEL NO SENSO DE POSICIONAMENTO ARTICULAR DO OMBRO DE SUJEITOS COM A SÍNDROME DA DOR SUBACROMIAL E CONTROLES
Abstract
Participaram deste estudo 100 sujeitos, sendo 50 no grupo controle e 50 no grupo SDS (GSDS). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa HCRP-USP (número 6419/2017) e todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram incluídos no GSDS indivíduos que apresentassem positividade em pelo menos 3 dos cinco testes clínicos de impacto e que não apresentassem história de trauma e luxação no ombro. Para o TRAO-PL, foi solicitado ao participante realizar a flexão anterior do ombro da posição neutra para a posição de 90° marcada em um alvo e memorizar esta posição articular. Em seguida o indivíduo reproduziu essa posição com seus olhos vendados obtendo o valor absoluto em graus do desvio angular. O teste foi realizado antes e após o exercício com BF, que foi feito segurando a barra na posição vertical com oscilações no plano sagital, com ombro a 90° flexão e por 12 segundos. A análise dos dados das comparações entre os grupos pré e pós exercício com BF, foi realizada no SPSS® (versão 20.0) utilizando o modelo de efeitos mistos e nível de significância de 5%.
Resultados e Discussão
O GSDS (21 homens e 29 mulheres) apresentou média de idade 54±11 anos, IMC médio 25,1±3,4kg e o GC (19 homens e 31 mulheres apresentou média de idade 56±9 anos; IMC médio 24,9±3,2kg). Não foram observadas diferenças entre os grupos, pré e pós exercício com BF no SPA do ombro (p=0,22; F=1,4) e o tamanho de efeito (TE) foi considerado pequeno.
Tabela 1: Teste de Reprodução Angular do Ombro Assistido por Ponteira Laser. Valores expressos em média [IC 95%]
Grupo
Inicial
Pós BF
Diferença Média
TE
SDS
6,5 [5,5;7,6]
5,7 [4,8;6,6]
0,8 [-1.1;2,7]
0,2
CON
7,1 [5,9;8,3]
7,3 [6,3;8,3]
0,2 [-2.4; 2]
0,05
BF: Barra Flexível; IC: Intervalo de Confiança; SDS: Síndrome da dor subacromial; CON; Controle, TE: Tamanho de efeito
Apesar do GC apresentar maiores valores de desvio angular a partir do alvo quando comparado com GSDS, não foi observada evidência de diferença entre os grupos. Também não há evidência de que a utilização de exercícios com BF alteram o SPA avaliado pelo TRAO-PL tanto no GC quanto no GSDS. Conclusão: o exercício com barra flexível não é capaz de alterar o desempenho no senso de posição articular em indivíduos com SDS e controles.