RIGIDEZ PASSIVA DO QUADRIL E DO MEDIOPÉ EXPLICAM OS MOVIMENTOS DO QUADRIL E PÉ DURANTE A MARCHA

Abstract

Aumento da rotação interna de quadril e de eversão do pé durante atividades em cadeia fechada estão associados a lesões de membros inferiores, como tendinopatias e fasceite plantar (1–3). O alinhamento do antepé, a rigidez passiva do mediopé e a rigidez dos rotadores laterais do quadril podem influenciar o movimento do quadril e do pé durante a marcha (4,5). Este estudo transversal investigou essa relação. (CAAE:78785717.7.0000.5149). Trinta indivíduos ??(18 mulheres, 12 homens), com média de idade, altura e peso de 25,4±4,39 anos, 170±0,09 cm e 63,03±9,86 kg, respectivamente, participaram do estudo. Rigidez do quadril foi mensurada através da primeira resistência detectada com o indivíduo em decúbito ventral (6). O alinhamento do antepé sem descarga de peso foi mensurado com o uso de uma câmera digital (7). O Torsímetro foi utilizado para avaliar a rigidez passiva do mediopé e a cinemática da marcha foi avaliada utilizando o sistema Qualisys (Oqus 7+)(4). Os modelos de regressão linear múltipla demonstraram que a rigidez do quadril predisse o pico de rotação interna do quadril (15%) e a amplitude de movimento do pé noplano frontal (13%). Já o torque passivo do mediopé predisse a amplitude de movimento do quadril no plano transverso (18%). O alinhamento do antepé não explicou nenhum movimento. Nossos resultados sugerem que indivíduos com baixa rigidez passiva do quadril e do mediopé apresentam maior rotação interna do quadril e maior eversão do pé durante a marcha. Assim, essas variáveis devem ser consideradas em avaliações e intervenções de indivíduos que apresentam essas disfunções e lesões associadas.