CAPACIDADE FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS PÓS ARTRODESE DA COLUNA VERTEBRAL COM INTERVALO TEMPORAL DE ATÉ CINCO ANOS

Authors

  • ANDRÉA LICRE PESSINA GASPARINI Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
  • THUANY MORAIS DA SILVA Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
  • ISADORA VILARINHO GALDIANO Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
  • ANDERSON ALVES DIAS Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Abstract

INTRODUÇÃO: A dor lombar é uma das causas mais comuns de incapacidades na sociedade, e ocupa o primeiro lugar das disfunções crônicas não transmissíveis entre homens e mulheres. A etiologia pode ser inespecífica ou específica com processos degenerativos, traumas ou neoplasias. Nestas condições, os tratamentos irão variar de acordo com as causas e o grau de acometimento do paciente sendo a artrodese uma das opções de tratamento cirúrgico, no entanto, preocupa-se com o desfecho funcionalidade, expresso, no decorrer dos anos pós operatório pois, evoluções desfavoráveis, independente do êxito técnico, podem estar presentes e, sob influências psicossociais geram interferências diretas sobre a morbidade, cronicidade e aumento dos custos socioeconômicos. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade funcional de indivíduos submetidos a artrodese da coluna vertebral no intervalo de até cinco anos pós operatório. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo, com inclusão intencional de pacientes tratados cirurgicamente, com artrodese da coluna tóracolombar, nos últimos 5 anos, em hospital público na região sudeste do País. Foi realizada uma busca no sistema hospitalar e coletados os registros para contato telefônico de 98 usuários do serviço tratados cirurgicamente. Dezessete compareceram para avaliação. Para avaliar o desfecho capacidade funcional foi aplicado o Questionário Oswestry Disability Index (ODI), que instrumentaliza a intensidade da dor e a influência desta sobre atividades diárias diversas, que exigem a participação da coluna lombar e gera um escore de incapacidade. Após a aplicação do questionário, fez-se exame de imagem, para a mensuração da curvatura da coluna tóracolombar ou lombar pós artrodese. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes foi de 50(±18) anos, sendo 70% do sexo masculino e 30% do sexo feminino. Observou-se que a prevalência de incapacidade, que varia, segundo o instrumento de incapacidade mínima (0–20%), incapacidade moderada (21-40%), incapacidade severa (41–60%), paciente que apresenta-se inválido (61– 80%), e indivíduo restrito ao leito (81–100%) em cada seção do ODI foi para “intensidade da dor”, 24%; “Cuidados pessoais”, 22,35%; “Levantar objetos”, 35,29%; “Caminhar”, 25,88%; “Sentar”, 29,41%; “Ficar em pé”, 24,7%; “Dormir”, 18,82%; “Vida sexual”, 27,05%; “Vida social”, 29,41%; “Locomoção”, 25,88%. De acordo com o escore total, 47,05% dos indivíduos foram classificados com incapacidade mínima e angulação da lordose lombar, pós artrodese, variando de 30° a 56°; 29,41% com incapacidade moderada e variação angular de 31° a 79°; 11,76% com incapacidade intensa, 5,88% inválidos e 5,88% sem funcionalidade e variação angular entre todos estes de 30° a 44°. CONCLUSÃO: Considerando as características individuais e o tempo de seguimento pós artrodese, há prevalência de incapacidade funcional, porém com condições de atividades de vida diária, com exceção para 11,76% classificados sem funcionalidade.

Published

2025-01-08

How to Cite

ANDRÉA LICRE PESSINA GASPARINI, THUANY MORAIS DA SILVA, ISADORA VILARINHO GALDIANO, & ANDERSON ALVES DIAS. (2025). CAPACIDADE FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS PÓS ARTRODESE DA COLUNA VERTEBRAL COM INTERVALO TEMPORAL DE ATÉ CINCO ANOS. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 4(1). Retrieved from https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2414