MOBILIDADE FUNCIONAL E RISCO DE QUEDA EM PACIENTES COM OSTEOARTROSE DE QUADRIL
Abstract
Introdução: A osteoartrose de quadril (OAQ) é uma enfermidade que pode alterar os padrões biomecânicos da marcha e aumentar os índices de queda dos indivíduos afetados. O Timed up and go Test (TUG) é um teste que tem a finalidade de avaliar o equilíbrio, velocidade de marcha e capacidade funcional. Também é utilizado para avaliar a qualidade da caminhada e os riscos de quedas de idosos e pacientes pós internações prolongadas. Diversos estudos trazem a funcionalidade desse teste para avaliar o risco de queda de diversas pessoas. Objetivo: Avaliar o risco de queda em pacientes com osteoartrose de quadril através do TUG test. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado nas dependências do Hospital Universitário de Sergipe em pacientes acometidos por OAQ em fila de espera para tratamento. Foi mensurado o nível de mobilidade funcional e risco de queda dos pacientes através do Timed Up and Go Test (TUG). A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 28225119.4.0000.5546). Foi realizada a estatística descritiva, com as medidas de tendência central, a média (±) e o desvio Padrão (DP). O nível de significância estatística foi estabelecido em de p ? 0,05 e intervalo de confiança de 95%. Posteriormente, foram feitas análises no programa Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0. Todas as variáveis foram testadas quanto à normalidade através do teste de Shapiro-Wilk, de acordo com o tamanho da amostra (<50). Para as correlações, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson para dados paramétricos. Resultados: Foram avaliados 51 sujeitos com osteoartrose de quadril, sedentários, com uma média de idade de 52,05 ± 9,09 e uma prevalência de 54,83% do sexo feminino. Os indivíduos possuíam OAQ sintomática unilateral do membro inferior direito, esquerdo e principalmente bilateral, com 51,6% da amostra. Dentre os indivíduos da amostra, 21,6% apresentaram desempenho normal no teste; 64,7 % possuem baixo risco de quedas; 9,8% médio risco de quedas e e 3,9% foram classificados como alto risco de quedas. Conclusão: Entende-se que a maioria dos indivíduos com OAQ possuem baixo risco de quedas. Contudo, sabendo que esses pacientes estão em fila de espera para tratamento, é necessário que sejam acompanhados adequadamente para que não declinem em seu nível de mobilidade funcional ao longo do tempo.