A INFLUÊNCIA DA FORÇA PRÉ-OPERATÓRIA DOS MÚSCULOS EXTENSORES E FLEXORES DE JOELHO SOBRE O DESEMPENHO FUNCIONAL APÓS A ARTROPLASTIA TOTAL DE JOELHO

Autores/as

  • Aline Miranda Ferreira Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
  • Marcos Ferracioli Santos Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
  • Rodrigo Salim Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
  • Fabrício Fogagnolo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
  • Maurício Kfuri Junior Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Resumen

INTRODUÇÃO: A artroplastia total de joelho (ATJ) é reconhecida como o procedimento mais eficiente para pacientes com osteoartrite de joelho (OAJ) grave. Entretanto, a recuperação da função é variavel e nem todos os pacientes apresentam melhoras significativas.Além disso, a capacidade de deambular, entre outras atividades, é limitada em pacientes com ATJ quando comparada a idosos saudaveis. Evidências apontam a fraqueza muscular como preditora de limitações funcionais em pacientes com OAJ. A idade, índice de massa corpórea, gênero e função percebida através de questionarios também têm sido reportados como influenciadores da função pós- operatória, porém, são variaveis não modificaveis e não oferecem uma direção específica na reabilitação antes e após a ATJ. OBJETIVOS: Avaliar a influência dos músculo sextensores e flexores de joelho sobre desempenho funcional pós-operatório de pacientes submetidos à ATJ. MÉTODOS: Estudo coorte prospectivo composto por 87 sujeitos (62 mulheres), idade 66,9 ± 6,66 anos, submetidos à ATJ unilateral. Foram excluídos sujeitos com hipertensão arterial e diabetes descontrolada, alterações neurológicas, artrite reumatoide juvenil e ATJ contralateral. A força dos músculos extensores e flexores de joelho foi mensurada através do equipamento isocinético Biodex System Pro4TM, na velocidade 60°/s. A média de pico de torque de cinco contrações concêntricas foi normalizada pela massa corpórea. Para avaliação do desempenho funcional foi utilizado o teste de caminhada de seis minutos (TC6). Os sujeitos foram avaliados uma semana antes de cirurgia e 12 meses após. O teste de Pearson foi utilizado para verificar a correlação entre a força muscular pré-operatória e o desempenho funcional pós-operatório. Todos os sujeitos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética (CAEE 23722413.0.0000.5440). RESULTADOS: Houve correlação positiva significativa entre a força pré-operatória dos músculos extensores e flexores do joelho operado (r 0,42 p<0,0001; r 0,53 p<0,0001, respectivamente) e não operado (r 0,55 p<0,0001, r 0,59 p<0,0001 respectivamente) com o desempenho no TC6 após 12 meses de pós- operatório. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que a força pré-operatória dos músculos extensores e flexores do joelho operado e não operado é capaz de influenciar o desempenho funcional após 12 meses de cirurgia. O fortalecimento destes grupos musculares deve ser encorajado no pré-operatório de sujeitos submetidos àATJ.

Publicado

2017-08-17

Cómo citar

Ferreira, A. M., Santos, M. F., Salim, R., Fogagnolo, F., & Kfuri Junior, M. (2017). A INFLUÊNCIA DA FORÇA PRÉ-OPERATÓRIA DOS MÚSCULOS EXTENSORES E FLEXORES DE JOELHO SOBRE O DESEMPENHO FUNCIONAL APÓS A ARTROPLASTIA TOTAL DE JOELHO. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 2(1). Recuperado a partir de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/1851