ANÁLISE DA LARGURA DO CABEDAL ANTERIOR DE MODELOS DE TÊNIS FEMININOS PARA PRÁTICA DE CORRIDA
Resumen
Introdução: A falta de descrição por partes das marcas no que tange os parâmetros do cabedal compromete a escolha e prescrição fisioterapêutica correta do tênis para o indivíduo, ja que a mesma é realizada com base no tipo de pé, largura, disfunções e deformidades verificadas. Objetivo: Analisar a largura do cabedal anterior dos tênis de corrida femininos comercializados no Brasil, podendo facilitar a prescrição fisioterapêutica do calçado correto para atletas e demais usuarios. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória quantitativa, desenvolvida com base em uma seleção amostral por conveniência composta por 33 modelos de tênis de 10 diferentes marcas. As distinções dos modelos avaliados foram realizadas por meio de critérios inclusivos: (1) tênis para corredores de rua; (2) comercializados no Brasil; (3) voltados para o público feminino; (4) marcas de modelos com numeração (37); (5) declaração de autorização da loja; (6) modelos de tênis da coleção 2016/2017; (7) tênis com numeração brasileira; (8) modelos da mesma marca com distinção de valores igual ou superior a R$49,90; (9) tênis neutros e (10) tênis indicados pelas marcas por serem considerados mais largos. Ja os critérios exclusivos foram: (1) tênis minimalistas conforme a descrição do fabricante; (2) marcas que não descrevam os componentes do tênis; (3) palmilhas não removíveis; (4) tênis sem nenhum tipo de amarração; (5) tênis que excedam o valor do salario mínimo brasileiro vigente na data da aferição (R$880,00). Para coleta de dados utilizou-se o dispositivo de Brannock®. Resultados: Perante a amostra analisada foi possível detectar que a largura do cabedal anterior dos modelos comercializados no Brasil, são diferentes estatisticamente (P<0,001), bem como uma correlação positiva (0,382; P=0,028), entre o comprimento e largura do cabedal. Conclusão: Após a analise dos resultados observou-se que não existe uma padronização na fabricação dos calçados no que tange largura no cabedal anterior, pois a diferença analisada entre o modelo mais estreito, Flux 3 da marca Asics apresenta 8,5cm e os modelos mais largos, Sensation e Master ambos da marca Olympikus e Link da marca Salomon medem 9,1cm. Ademais o Brasil não possui nenhuma escala determinada nesse quesito. Devido ao exposto, o fisioterapeuta pode contribuir aos pacientes na escolha do melhor modelo de tênis, auxiliando o rendimento do atleta, prevenindo e/ou tratando as lesões.