CEFALÉIA E ALTERAÇÕES ESTOMATOGNÁTICAS EM PACIENTES APÓS CRANIOTOMIA: ESTUDO CLÍNICO E ALGOMÉTRICO
Resumen
Introdução: As craniotomias pteronais são técnicas de dissecção e reinserção do músculo temporal, afetando a Articulação temporomandibular. Objetivos: Avaliar clinicamente o sistema estomatognatico em pacientes submetidos a craniotomia pterional e a incidência e impacto da cefaleia na vida dessas pessoas. Métodos: Estudo clínico quantitativo realizado de acordo com a Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), CAAE: 62911516.9.0000.5371, onde um total de 15 pacientes foram submetidos a craniotomia pterional e tiveram sua disfunção temporomandibular (DTM) avaliada através dos critérios de diagnósticos de pesquisa em DTM, foi realizada a mensuração do limiar de dor à pressão dos músculos mastigatórios, com aplicação da versão brasileira do questionario McGill e teste de impacto de cefaleia versão 6 no pré-operatório de 60, 120 e 180 dias após a cirurgia. A analise estatística foi realizada através do teste do qui-quadrado, ANOVA para medidas repetidas, seguida pelo pós-teste de Dunnet ou teste de Friedman seguido do pós-teste de Dunn de acordo com a necessidade. Resultados: O presente estudo demonstrou que, apesar da boa recuperação pós-operatória, a maioria dos indivíduos submetidos a craniotomia pterional teve a abertura da boca limitada ao longo da pesquisa. O número de indivíduos que referiram dor à palpação da articulação temporomandibular aumentou significativamente aos 60 dias após a cirurgia. Os limiares de dor à pressão para o músculo temporal anterior reduziu significativamente em 120 dias após a cirurgia e o impacto da dor de cabeça diminuiu gradualmente durante o estudo. Conclusão: Pacientes submetidos a craniotomia pterional apresentaram piora na percepção algica à palpação no músculo temporal e da articulação temporomandibular com limitação da abertura da boca. No entanto, a cefaleia mostrou redução gradual do seu impacto na vida dos entrevistados.