DOR MUSCULOESQUELÉTICA EM ADULTOS COM OBESIDADE GRAVE

Autores/as

  • Carolina Rodrigues de Mendonça Universidade Federal de Goias
  • Matias Noll Universidade Federal de Goias
  • Annelisa Silva e Alves de Carvalho Santos Universidade Federal de Goias
  • Jacqueline Danesio de Souza Universidade Federal de Goias
  • Andrea Batista de Sousa Canheta Universidade Federal de Goias
  • Erika Aparecida Silveira Universidade Federal de Goias

Resumen

INTRODUÇÃO: A obesidade é um problema de saúde pública mundial. Dentre as complicações associadas a obesidade grave, a dor musculoesquelética tem grande importância por resultar em diminuição da qualidade de vida e afastamento das atividades. OBJETIVO: Descrever a localização de dor musculoesquelética e sua intensidade e associação com o afastamento das atividades em adultos com obesidade grave. MÉTODOS: Dados de linha de base do ensaio clínico DieTBra Trial com obesos graves de ambos os sexos. Foram avaliados 150 pacientes sendo 14.67% homens e 85.33% mulheres com Índice de Massa Corporal 35 kg/m². Para identificar a prevalência de dor musculoesquelética nos últimos doze meses e o afastamento das atividades foi utilizado o Questionario Nórdico de Sintomas Osteomusculares. O questionario avalia sintomas de dor no pescoço, ombros, parte superior das costas, cotovelos, parte inferior das costas, punho/ mãos, quadril/coxas, joelhos e tornozelos/pés. A intensidade da dor foi analisada pela Escala Visual Analógica (escala numérica 0-10), sendo classificada de 1 a 3 como dor baixa, 4 a 7 como dor moderada e 8 a 10 como dor intensa. As analises estatísticas foram realizadas no Software Stata/SE 12.0. A analise foi realizada por meio da regressão de Poisson, a qual foi utilizada para determinar a razão de prevalência (RP) e respectivo intervalo de confiança entre dor musculoesquelética e o afastamento das atividades. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/HC/UFG), sob o protocolo 747.792/2014. RESULTADOS: A prevalência de sintomas de dor musculoesquelética em obesos foi de 98.67%. A maior prevalência de dor foi em tornozelo e pés (84%), seguida por parte superior das costas (75,33%), joelhos (74%) e parte inferior das costas (72.67%). A média de intensidade de dor nessas regiões variou de 6,82±0.24 a 8,20±0.20. A prevalência de afastamentos das funções laborais foi de 34,67% por dores no tornozelo e pés e 28,67% por dor no joelho. A presença de dor musculoesquelética nas nove regiões avaliadas foi associada ao afastamento das atividades laborais com razão de prevalência e intervalo de confiança maior que 1 para todas as categorias e valor de p= 0.000. CONCLUSÃO: Obesos graves apresentam alta prevalência de dor musculoesquelética. As regiões mais atingidas foram tornozelo e pés e joelhos sendo predominante a dor intensa e uma importante causa de afastamento das atividades e serviço.

Publicado

2017-08-17

Cómo citar

Mendonça, C. R. de, Noll, M., Santos, A. S. e A. de C., Souza, J. D. de, Canheta, A. B. de S., & Silveira, E. A. (2017). DOR MUSCULOESQUELÉTICA EM ADULTOS COM OBESIDADE GRAVE. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 2(1). Recuperado a partir de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/1933