EFEITOS DO EXERCÍCIO ISOMÉTRICO SOBRE OS ÍNDICES DE PRESSÃO ARTERIAL E FREQUÊNCIA CARDÍACA EM ADULTOS: REVISÃO SISTEMÁTICA COM META-ANÁLISE
Resumen
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica possui alta taxa de incidência na população global, sobretudo na idosa, na qual chega a atingir 68%. Mudanças de habitos de vida vêm sendo propostas como formas de tratamento, entre elas: a pratica regular de exercício físico. Neste sentido, alguns ensaios clínicos têm buscado avaliar os efeitos do exercício isométrico sobre os índices de pressão arterial e frequência cardíaca, para possibilitar seu uso no manejo da hipertensão. No entanto, os ensaios envolvem pequenas amostras e, além disso, pouco se sabe sobre a influência da idade sobre estes efeitos. Objetivo: analisar na literatura o efeito do exercício isométrico sobre a pressão arterial (PA) e da frequência cardíaca (FC) de adultos, bem como investigar a influência da idade sobre as repostas agudas. Métodos: Foi realizada busca nas bases de dados: PubMed, Lilacs, Scielo, Scopus e PeDro, por ensaios clínicos publicados até 23 de Maio de 2016 que avaliaram os efeitos cronicos e agudos do exercício isométrico sobre os níveis de PA e FC em adultos. Foram incluídos estudos realizados em sujeitos com idade >18 anos, artigos com única sessão de exercício isométrico para analise da influência da idade sobre o efeito agudo deste tipo de exercício, e com período mínimo de intervenção de quatro semanas para avaliação do efeito cronico. Foi utilizado um modelo de efeito fixo para geração da meta-analise e os dados foram reportados em diferenças médias padronizadas com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Foram incluídos 4 artigos no estudo I, referente à influencia da idade efeito agudo do exercício isométrico sobre a PA e FC, e 2 artigos sobre o efeito cronico. Foram observados aumentos maiores de PA e FC imediatamente após exercícios realizados com maior volume total de isometria e massa muscular envolvida e efeitos hipotensores foram observados cinco minutos após a sessão de exercício isométrico. O estudo II demonstrou que o treino isométrico de preensão manual é capaz de reduzir significativamente apenas a PAS e a PAM, -1,58 [ -2,64 , -0,51 ] , p = 0,004, e - 0,91 [- 1,58 , -0,24], p = 0,008, respectivamente. Conclusão: o treino isometrico de preensao manual é capaz de reduzir significativamente os niveis de PAS e PAM, mas não de PAD e FC. No entanto, são necessarios mais estudos que envolvam as principais populações a serem beneficiadas, idosos e hipertensos, para subsidiar mais fortemente a utilização desta modalidade de treino no manejo da hipertensão.