EFETIVIDADE DE DOIS PROGRAMAS DE FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA DOR, FUNCIONALIDADE E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA. ENSAIO CLINICO RANDOMIZADO.
Resumen
Introdução: A fisioterapia aquatica tem se mostrado uma ferramenta eficaz no tratamento da lombalgia cronica, mas o programa de exercícios aquaticos mais adequado ainda não esta bem estabelecido. Objetivo: Comparar a efetividade de dois programas diferentes de fisioterapia aquatica na dor, funcionalidade e qualidade de vida de pacientes com lombalgia cronica. Métodos: Ensaio clínico randomizado com duração de cinco semanas (2x/sem). Os indivíduos foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um grupo força (GF) realizando exercícios de fortalecimento da musculatura estabilizadora de tronco na agua e grupo marcha (GM) realizando apenas marcha na piscina. Desfechos: Escala Visual Analoga da dor (EVA), Roland-Morris (RM) e qualidade de vida SF-36. Para avaliar se existe diferença significativa entre os dados basais e os dados após o tratamento foi utilizado o teste t pareado e não pareado. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com número CAAE 44527815.2.0000.0030. Resultados: Foram avaliados 36 indivíduos e, destes, 33 foram aleatoriamente alocados nos grupos GF (n=15) e GM (n=18). Três indivíduos abandonaram o tratamento, sendo dois no GF e um no GM. A média de idade e da duração da dor em anos dos grupos GF e GM foram respectivamente, 56,2±9,5; 2,7±1,6 e 56,1±10,1; 2,8±1,2. Não houve diferença estatística entre as características demograficas dos dois grupos. Toda a analise foi feita com base no princípio da intenção de tratamento. Não foram encontradas diferenças estatísticas entre os grupos para todos os desfechos analisados. Porém, houve melhora significativa na avaliação antes e depois dentro de cada grupo nas seguintes variaveis. GM: EVA: 2,4 (basal: 5,8; melhora 58,9%; p<0,001); RM: 10,7 (basal: 14,3; melhora 20,2%; p<0,05) e SF-36 dor 61,7 (basal: 40,3; melhora 32,3%; p<0,001). GF: EVA: 2,7 (basal: 6,3; melhora 51,9%); RM: 10,4 (basal: 15,1; melhora 34,0%) e SF-36 nas dimensões dor: 52,8 (basal: 30,7; melhora 38,2%; p<0,05). Conclusões: Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os dois grupos nos desfechos avaliados, porém ambos os grupos apresentaram melhora significativa das variaveis no período do estudo. Pode-se concluir que a realização de exercícios simples sem a necessidade de supervisão direta e constante promove benefícios ao paciente com dor lombar cronica da mesma forma que a realização de exercícios direcionados e necessitando supervisão direta e constante.