PREVALÊNCIA DE DOR MÚSCULO ESQUELÉTICA POR ESFORÇO OCUPACIONAL EM TRABALHADORES DA SAÚDE DA FAMÍLIA EM GUANAMBI - BAHIA
Resumen
INTRODUÇÃO: Entre trabalhadores da saúde têm sido evidenciado dores lombares, em membros inferiores, estresse, mudança de humor, transtornos do sono, varizes, entre outros (MAURO, VEIGA, 2008). A presença de dor musculoesquelética em trabalhadores pode ser considerada consequência do novo paradigma do mundo do trabalho, que passou a obrigar o indivíduo a exercer suas atividades através de inadequados e repetitivos movimentos dos diversos segmentos corporais, provocando desordens musculoesqueléticas (PORTO et al, 2004). OBJETIVOS: Analisar a prevalência de dor musculoesquelética por esforço ocupacional em trabalhadores da saúde da família em Guanambi - Bahia. METODOLOGIA: O presente estudo foi do tipo descritivo, transversal e quantitativo. Trata-se de um recorte de um estudo amplo que após calculo amostral incluiu 197 profissionais da Estratégia Saúde da Família de Guanambi - Bahia, distribuídos em 15 categorias ocupacionais. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados a escala de percepção de esforço BORG Category Ratio (CR 10), o diagrama de Corllet, o questionario validado de qualidade de vida (WHOQOL Bref) e um questionario de levantamento de dados epidemiológicos. As analises foram realizadas no programa Epi Info 7.1.3, considerando-se significativos os resultados com Valor de P < 0,05. A associação dos dados coletados no questionario epidemiológico (variaveis independentes) com os índices de qualidade de vida (variaveis dependentes) foi avaliada pelos testes de Qui-quadrado de Pearson ou G de Willians, na dependência da distribuição de frequências dos resultados. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa – UEFS por meio do protocolo número 944812. RESULTADOS: Nota-se que 64,91% (n=74; P= 0,0025) dos trabalhadores que relatam dores no trabalho estão associados a um esforço maior que cinco, ou seja, no mínimo, leve-moderado e no maximo, exaustivo. 68,63% (n=70; P=0,0002) dos profissionais que relatam cansaço com as metas exigidas apresentaram esforço maior que cinco, enfatizando a relação cansaço-esforço. CONCLUSÃO: Houve uma clara concentração de valores maiores na escala de Borg para quem admitiu sentir dor, o que relaciona o esforço ocupacional com o quadro algico apontado pelos profissionais.