REPRODUTIBILIDADE DA MORFOLOGIA TENDÍNEA USANDO ULTRASSONOGRAFIA EM PACIENTES CRÍTICOS

Autores/as

  • Joana Castro UnB
  • Karina Livino de Carvalho Amaro UnB
  • Eduardo Tavares de Araújo UnB
  • Monalisa Dias Santos UnB
  • Paulo Eugênio Silva UnB
  • João Luiz Quagliotti Durigan UnB

Resumen

INTRODUÇÃO: Os tendões podem apresentar alterações estruturais visualizadas ao ultrassom (US). Apesar de tratar-se de um exame não ionizante e realizavel a beira leito, ainda não foi utilizado para avaliação tendínea em ambiente de terapia intensiva além de ser considerado altamente examinador dependente. OBJETIVO: Determinar a concordância e a confiabilidade interexaminador da imagem sonografica tendínea proveniente de fisioterapeutas com diferentes níveis de experiência com a técnica em pacientes criticamente enfermos. MÉTODOS: Estudo observacional e transversal aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (n. 1.768.479). Imagens ultrassonograficas para medição da espessura e area de secção transversa (AST) do tendão patelar direito foram adquiridas de pacientes críticos em um hospital terciario de Brasília. Os tendões foram avaliados nas porções proximais, médias e distais. Dois fisioterapeutas, um experiente e outro sem experiência com o instrumento, realizaram a coleta de maneira cega. A concordância da qualidade da imagem foi avaliada pelo coeficiente de Kappa e a confiabilidade foi calculada pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC2,2), sendo: 0 = ausência; 0,01- 0,19 = pobre; 0,20-0,39 = fraca; 0,40-0,59 = moderada; 0,60-0,79 = substancial; 0,80 = quase completa. A representação grafica de Bland-Altman retratou a magnitude da diferença entre as medidas. RESULTADOS: A amostra de conveniência consistiu de 20 pacientes críticos (43+-14 anos). Foram obtidas 9 imagens de cada indivíduo por examinador, totalizando 360 incidências do tendão patelar direito. Os coeficientes de Kappa para as regiões proximal, média e distal do tendão patelar foram os seguintes: 0,732; 0,659 e 0,565, na ordem citada. Os valores de ICC para espessura e AST entre os examinadores  foram  0,955  (IC  95%  0,885-0,982)  e  0,967  (IC  95%  0,918-0,987), respectivamente. A analise de Bland-Altman constatou uma diferença média entre as aferições   de   0,004cm  (Limits   of  Agreement   -  LOA  95%:   -0,063  a  0,071cm)  e -0,005cm2 (LOA 95%: -0,226 a 0,216cm2) para a espessura e AST, respectivamente. CONCLUSÃO: O exame de ultrassonografia pode ser útil no acompanhamento de alterações tendíneas promovidas pela reabilitação ortopédica em pacientes críticos. A avaliação mostrou-se reprodutível tanto no momento da aquisição quanto na analise quantitativa da morfologia do tecido independente do nível de experiência do fisioterapeuta com a técnica.

Publicado

2017-08-17

Cómo citar

Castro, J., Amaro, K. L. de C., de Araújo, E. T., Santos, M. D., Silva, P. E., & Durigan, J. L. Q. (2017). REPRODUTIBILIDADE DA MORFOLOGIA TENDÍNEA USANDO ULTRASSONOGRAFIA EM PACIENTES CRÍTICOS. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 2(1). Recuperado a partir de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2064