REPRODUTIBILIDADE DE UMA VERSÃO ADAPTADA DO INSTRUMENTO MEDRISK PARA AVALIAR A SATISFAÇÃO DE PACIENTES QUE RECEBEM CUIDADOS FISIOTERAPÊUTICOS
Resumen
Introdução: Sabe-se que pacientes que são satisfeitos com os cuidados recebidos são mais propensos a uma melhor adesão ao tratamento do que aqueles que não estão satisfeitos. Até o momento, os instrumentos existentes para medir a satisfação dos pacientes com cuidados em fisioterapia apresentam um efeito teto, o que dificulta a real interpretação. Portanto, uma adaptação da forma de mensuração de um instrumento é necessaria.Objetivos: Adaptar o instrumento MedRisk para avaliar a satisfação de pacientes que recebem cuidados fisioterapêuticos e testar as propriedades relacionadas com a reprodutibilidade e com o efeito teto e piso da versão adaptada do instrumento MedRisk. Métodos: É um estudo longitudinal observacional. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CAAE: 62522816.3.0000.0064). Inicialmente foi realizada a adaptação do sistema de escore do instrumento Medrisk, transformando respostas categóricas em respostas continuas utilizando uma escala Likert de 11-pontos. Cem pacientes com diferentes condições musculoesqueléticas, que recebem tratamentos em clínicas de fisioterapia no Brasil serão recrutados. Porém, até o momento foram recrutados apenas 30 pacientes, esperamos na data do congresso apresentar a amostra total dos dados. Posteriormente foram realizados os testes de reprodutibilidade e efeito teto e piso. Todos os pacientes responderam o Medrisk e a Escala de Percepção de Efeito Global em dois momentos distintos, na avaliação inicial (após ter experimentado no mínimo 3 sessões de fisioterapia) e após 24-48 horas. A reprodutibilidade foi calculada através do Coeficiente de Correlação Intraclasse tipo 2,1 (CCI2,1) para a confiabilidade e o Erro Padrão de Medida (EPM) para concordância. Os efeitos teto e piso foram calculados pelo percentual dos pacientes que marcaram os escores mínimos e maximos. Resultados: O CCI(2,1) que avalia confiabilidade variou de 0,57 a 0,79 atribuindo reprodutibilidade entre substancial a moderada. O EPM que avalia concordância variou de 0,90 a 2,18 pontos variando entre muito bom a duvidoso, e a MMD que também avalia confiabilidade variou entre 2,70 a 5,07. Não foram detectados efeitos de teto e piso, onde, o efeito teto apresentou 6,7% e para que seja considerado efeito teto é necessario atingir score de 15%. Conclusão: As mudanças na forma de resposta do Instrumento MedRisk proporcionaram uma escala sem efeito teto para ser usada tanto por clínicos quanto por pesquisadores.