EFEITO DO FORTALECIMENTO DO 1º INTERÓSSEO DORSAL NO QUADRO CLÍNICO DE INDIVÍDUOS COM OSTEOARTRITE CARPOMETACARPAL

Autores/as

  • NATALIA BARBOSA TOSSINI Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • CRISTIANE DE SOUSA MELO Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • LAURA BEATRIZ LOREVICE Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • GABRIELA SARDELI DE OLIVEIRA Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • GUSTAVO VIOTTO GOLÇALVES Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • GABRIEL BERNARDI DOS SANTOS Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • PAULA REGINA MENDES DA SILVA SERRÃO Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Resumen

Introdução: O polegar é considerado o dedo mais importante da mão devido ao seu papel fundamental na função desta. Desta forma, condições de saúde que acometem as articulações do polegar estão diretamente relacionadas a disfunções da mão. Neste contexto, destaca-se a osteoartrite (OA) carpormetacarpal (CMC) do polegar, doença crônica e degenerativa, que acomete principalmente mulheres. Um dos principais sinais clínicos da doença é a fraqueza muscular relacionada aos movimentos de preensão e pinça, culminando em prejuízo funcional, sobretudo em atividades do cotidiano, tais como abrir pote de vidro, garrafas de suco, entre outras atividades, que passam a ser realizadas com dor e dificuldade. Objetivos: Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de um protocolo de exercícios com foco no fortalecimento do 1ª interósseo dorsal (ID) na dor, funcionalidade e força de preensão e pinça em indivíduos com OA na base do polegar, comparado a um protocolo com exercícios padrões. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, controlado, cego com indivíduos acima de 40 anos, de ambos os sexos e diagnóstico clínico e/ou radiográfico de OA CMC. Estes foram randomizados para o grupo intervenção (GI), que realizou exercícios de fortalecimento para o 1º ID, ou para o grupo controle (GC), que realizou exercícios tradicionais da literatura. Os dois protocolos foram aplicados seguindo o método shaping. O tratamento teve duração de seis semanas, com sessões presenciais 3x/semana em dias não consecutivos. Os indivíduos foram avaliados pré e pós- intervenção para os níveis de dor e função da mãos por meio do questionário Australian/Canadian Hand Osteoarthritis Index e força de preensão palmar e os três tipos de pinça (trípode, polpa-polpa e lateral) por meio de um dinamômetro hidráulico. Os dados foram apresentados em média e desvio padrão. Para cada variável do estudo foi calculado o delta de mudança (valor final – valor inicial) para verificar os efeitos do tratamento em cada grupo, além de representar esta mudança em porcentagem. Resultados: Foram avaliados 7 indivíduos, sendo GI = 4 (56 anos) e GC = 3 (63 anos). De maneira geral, houve melhora dos níveis de dor (redução de 60% no GI e 44,45% no GC), melhora da função da mão (46,16 no GI e 44% no GC), aumento de 4,91 na força de preensão apenas no GI e aumento da força nos três tipos de pinça, com destaque para a pinça trípode no GI (aumento de 51,48%) e pinça polpa-polpa no GC (aumento de 77,35%). Com os resultados, é possível observar que ambos os protocolos são benéficos para o quadro clínico de indivíduos com OA CMC. Conclusão: Podemos concluir que o fortalecimento do músculo 1º ID teve impacto positivo para redução da dor, melhora da funcionalidade da mão e aumento da força de preensão e pinça em indivíduos com OA CMC.

Publicado

2025-01-08

Cómo citar

NATALIA BARBOSA TOSSINI, CRISTIANE DE SOUSA MELO, LAURA BEATRIZ LOREVICE, GABRIELA SARDELI DE OLIVEIRA, GUSTAVO VIOTTO GOLÇALVES, GABRIEL BERNARDI DOS SANTOS, & PAULA REGINA MENDES DA SILVA SERRÃO. (2025). EFEITO DO FORTALECIMENTO DO 1º INTERÓSSEO DORSAL NO QUADRO CLÍNICO DE INDIVÍDUOS COM OSTEOARTRITE CARPOMETACARPAL. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 4(1). Recuperado a partir de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2451