ORIENTAÇÕES POSTURAIS TÊM EFEITOS SOBRE A REDUÇÃO DA DOR E DESVIOS DA POSTURA? RESULTADOS DE UM ESTUDO PILOTO
Resumen
Introdução: Trabalhadores de escritórios adotam posturas repetitivas que podem conduzir a desvios posturais, desconfortos e comprometimentos osteomioarticulares importantes. Nesse sentido, se faz necessário a implementação de programas educacionais para minimizar as consequências biomecânicas decorrentes das atividades laborais. Objetivo: analisar o efeito de orientações posturais sobre a dor e desvios posturais em trabalhadores de escritórios. Métodos: trata-se de um estudo piloto do tipo antes e depois que teve protocolo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Cesmac, realizados com trabalhadores de escritórios. Os participantes foram avaliados quanto ao quadro álgico através da Escala Visual Analógica (EVA) e a avaliação postural foi realizada através de inspeção estática onde foi verificado a presença de desvios nos seguimentos: cabeça, ombro, pelve, coluna cervical, torácica e lombar. Após isso, foi dado início as intervenções que ocorreram em forma de um encontro semanal, durante dez semanas, com duração de 15 minutos para realização de educação em saúde, onde os principais temas abordados foram alimentação, ergonomia, estilos e hábitos de vida e os participantes recebiam orientações posturais, recomendações de alongamentos e posicionamento no ambiente de trabalho. A comparação entre médias independentes se deu por meio de um teste “t”. Em todas as análises adotou-se um valor de alfa igual à 5% e o software estatístico SPSS v25.0. Resultados: A amostra foi composta por 10 trabalhadores com média de idade de 42,3 (±2,35), sendo 6 (60%) do sexo feminino e 4 (40%) do sexo masculino. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para nenhum desfecho avaliado na análise entre os momentos pré e pós-intervenção. Conclusão: Os resultados apontam que as orientações posturais realizadas uma vez por semana não são eficazes sobre a melhora do quadro álgico e das alterações posturais. Destaca-se as limitações do estudo aqui apresentado quando ao tamanho da amostra, bem como ao tempo de intervenção, que durou apenas dez semanas.