ANÁLISE RETROSPECTIVA DO PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO ESPECIALIZADO NO TRATAMENTO DA DOR E DESORDENS DA COLUNA VERTEBRAL

Autores

  • Guilherme Augusto Paiva Custódio Centro Especializado em Coluna e Dor
  • Adriano Pezolato Centro Especializado em Coluna e Dor

Resumo

Introdução: A dor cervical e lombar ocupam a quarta posição entre as condições que mais levam a anos vividos com incapacidade.De etiologia multifatorial envolvendo tanto fatores físicos quanto psicossociais, faz-se fundamental a identificação e intervenção específica para estas causas. Objetivo: Identificar e analisar o perfil clínico de pacientes com dor cervical e lombar atendidos em uma clínica especializada em dor. Materiais e Métodos: O desenho de pesquisa se baseia em um estudo de coorte retrospectivo. Foram analisados 617 prontuarios para dados demograficos e escalas e questionarios aplicados na avaliação inicial no período de agosto/2014 a dezembro/2015 totalizando um período de 16 meses.As escalas e questionarios analisados foram:Escala Numérica de Dor (n=253), Oswestry Disability Index (ODI) (n=455),Neck Disability Index (NDI) (n=117), Fear-Avoidance Beliefs Questionnaire (FABQ) em suas subescalas, atividade física (n=524) e trabalho (n=514) e o STarT Back Screening Tool (n=449), todos validados e traduzidos para a língua portuguesa. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos do Centro Universitario Barão de Maua. Resultados: Da amostra total, 341 eram mulheres e 276 homens com idade média de 50,7±15,2 anos e média de duração de dor de 5,26 anos.A média da intensidade na escala de dor foi classificada como moderada, ou seja, 4,6 e 5,2 pontos numa graduação de 0 a 10 pontos para a dor cervical e lombar, respectivamente.A incapacidade no NDI foi classificada como "sem incapacidade" em 6,8%,"leve" em 47%,"moderada" em 35%,"severa" em 11,1% e "completa" em nenhum paciente analisado.A incapacidade no ODI foi classificada como "mínima" em 36%,"moderada" em 38,6%,"severa" em 20,2%, "preso na cama" em 4,3% e "acamado" em 0,4%. No FABQ subescala atividade física, 61,4% tinham pontuação acima de 15, evidenciando crenças exageradas de medo e evitação,ao passo que na subescala trabalho somente 7,6% revelavam alta pontuação (>34 pontos) para crenças de medo e evitação relacionada a atividade ocupacional. Para a triagem prognóstica para resultados ruins no tratamento mensurada pelo STarT Back, 38,9%, 37,6% e 23,3% foram classificados como baixo, médio e alto risco, respectivamente. Conclusão: A identificação do perfil clínico é fundamental para uma seleção apropriada de intervenções que venham a otimizar os resultados clínicos em pacientes com dor cervical e lombar.

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Publicado

2017-08-17

Como Citar

Custódio, G. A. P., & Pezolato, A. (2017). ANÁLISE RETROSPECTIVA DO PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO ESPECIALIZADO NO TRATAMENTO DA DOR E DESORDENS DA COLUNA VERTEBRAL. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 2(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/1870