COMPARAÇÃO DE VOLUMES DIFERENTES DE TREINO NEUROMOTOR NO DESEMPENHO FÍSICO, EQUILÍBRIO E MOBILIDADE EM IDOSAS
Resumo
Introdução: O envelhecimento é considerado um evento natural, dinâmico e crescente na população mundial e este fenomeno tem induzido grande interesse na promoção de um envelhecimento mais saudavel. Objetivo: Verificar a interferência de diferentes volumes do treinamento neuromotor no desempenho físico e mobilidade em idosas. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa do tipo ensaio controlado não aleatorizado de corte transversal. As idosas com idade acima de 60 anos foram divididas em dois grupos que realizaram treinamento neuromotor em forma de circuito por 16 semanas, 2 vezes por semana, 45 minutos. O grupo GT1 realizou 3 séries de 12 repetições e grupo GT2 realizou 3 séries de 30 segundos em cada exercício do circuito e com 60 segundos de
intervalo entre as séries e 60 segundos de intervalo entre as estações para ambos os grupos. O protocolo de intervenção conteve alongamento com duração de 5 minutos, exercícios neuromotores organizados em forma de circuito, composto por 8 estações com duração 35 minutos e desaquecimento com 5 minutos de duração. Os exercícios foram divididos em duas fases: adaptação (8 primeiras semanas) e progressão de dificuldade (8 últimas semanas).Os exercícios visaram variação de postura, redução da base de apoio, movimentos dinâmicos que perturbem o centro de gravidade, estresse dos grupos musculares, redução dos aspectos sensoriais. Os instrumentos de avaliação
foram a anamnese, teste de desempenho físico, índice da marcha dinâmica e
goniometria de dorsiflexão e plantiflexão de tornozelos. A coleta de dados aconteceu entre junho e setembro de 2015.Pesquisa aprovada pelo CEP/UnC
(CAAE:44007315.2.0000.0117). Resultados: A amostra final constituiu-se da seguinte forma: GT1(n=16), idade de 67,18±1,70 anos e GT2(n=9), idade de 69,11±2,13 anos. No GT1, o índice de massa corporal foi 29,22±5,34 e no GT2, o índice de massa corporal foi de 27,23±4,90. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à mobilidade de tornozelos, desempenho físico e marcha dinâmica após aplicação do treino neuromotor. Conclusão: Diferentes volumes de treinamento neuromotor melhoraram o desempenho físico, equilíbrio dinâmico e mobilidade de tornozelos. Este tipo de intervenção pode ser utilizado como estratégia fisioterapêutica como promotora de saúde ao idoso.