EFEITOS DO AGULHAMENTO SECO VERSUS AUTO-ALONGAMENTO EM PACIENTES COM CERVICALGIA

Autores

  • Guilherme Henrique Costa Serpa Faculdade Anhanguera de Anapolis
  • Jennyfer Antunes de Oliveira Centro Universitario de Anapolis- UniEVANGÉLICA
  • Viviane Soares Universidade Federal de Goias

Resumo

Introdução. Os músculos da região cervical têm função de controle postural, movimentação dinâmica e orientação espaçotemporal. O músculo trapézio superior é o mais acometido quando ocorrem alterações na biomecânica, induzindo a formação de pontos gatilhos. Objetivo. Comparar os efeitos do agulhamento seco com auto- alongamento em indivíduos com pontos gatilho em trapézio superior. Metodologia. Ensaio clínico randomizado controlado aprovado pelo comitê de ética do Centro Universitario de Anapolis- UniEVANGÉLICA, com Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE): 63165916.6.0000.5076. Participaram do estudo 24 indivíduos, alocados aleatoriamente em dois grupos, sendo 12 no grupo agulhamento seco e 12 no grupo auto-alongamento. Os pacientes foram avaliados nos momentos pré e pós a ultima intervenção através: Escala visual analógica, amplitude de movimento, limiar de dor a pressão, função cervical (Neck disability index) e um questionario aberto sobre os efeitos adversos do agulhamento seco. A intervenção no grupo agulhamento seco foi realizada em três sessões com intervalo de 48 horas. No grupo auto- alongamento, os indivíduos foram orientados para realiza-los em casa. O teste de Shapiro-Wilk mostrou que não houve distribuição normal da varaveis, sendo assim foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon para comparação das medidas pré e pós- intervenção e teste de não paramétrico de Mann-Whitney para comparação entre os grupos. Resultados: No grupo agulhamento seco os indivíduos apresentaram redução significativa na escala visual analógica (p=0,003) e no questionario neck disability index (p=0,003), aumento limiar de dor a pressão (p=0,019), da flexão cervical (p=0,019) e da inclinação lateral para esquerda (p=0,027). Os principais efeitos  adversos apresentados pela técnica foram dor local após o tratamento (75,0%), dor durante o tratamento (83,3 %), coceira (8,3%), hematoma (8,3%) e fadiga (8,3%). Ja no grupo auto-alongamento apenas a escala visual analógica (p=0,022) e o questionario neck disability index (p=0,003) mostraram redução significativa após as intervenções. Conclusão: O agulhamento seco demostrou ser uma técnica eficaz na redução da dor e aumento da amplitude de movimento, limiar de dor a pressão e da capacidade funcional dos indivíduos relacionada às atividades de vida diarias, mesmo com a presença dos efeitos adversos. No grupo auto-alongamento houve redução apenas da dor e aumento da capacidade funcional dos pacientes.

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Publicado

2017-08-17

Como Citar

Serpa, G. H. C., de Oliveira, J. A., & Soares, V. (2017). EFEITOS DO AGULHAMENTO SECO VERSUS AUTO-ALONGAMENTO EM PACIENTES COM CERVICALGIA. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 2(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/1968