FREQUÊNCIA DE DOR E DIMINUIÇÃO DA MOBILIDADE CERVICAL E TEMPOROMANDIBULAR EM INDIVÍDUOS COM SÍNDROME DE EAGLE

Autores

  • Cínthia Maria Costa Gomes da Rocha Universidade Federal de Pernambuco
  • Mariana Duarte de Souza Lins Universidade Federal de Pernambuco
  • Luiz Barbosa da Silva Neto Universidade Federal de Pernambuco
  • Eduardo José Nepomuceno Universidade Federal de Pernambuco
  • Maria das Graças Paiva Universidade Federal de Pernambuco

Resumo

Introdução:A síndrome de Eagle corresponde a um quadro clínico, incluindo dor facial recorrente, sensação de corpo estranho na garganta, disfagia, limitação nos movimentos da cabeça e da abertura bucal, além de dor na articulação temporomandibular estando diretamente relacionada ao alongamento do processo estilóide ou à calcificação do ligamento estilo-hióideo. Objetivo: Investigar a frequência de comprometimento cervical e temporomandibular em indivíduos com Síndrome de Eagle. Metodologia: Foram avaliados 5 indivíduos, com média de faixa etaria de 52 anos de ambos os sexos, atendidos a nível ambulatorial. A amostra foi composta por 20% de indivíduos do sexo masculino e 80% do feminino, todos foram encaminhados por cirurgião Buco-MaxiloFacial.Os grau de dor e mobilidade da coluna cervical e da ATM dos pacientes foram mapeados baseando-se nos registro de palpação pelo Método Maitland com a técnica de Pressão Póstero-Anterior Central (PA Central), grau 3. A fim de determinar grau de comprometimento da ATM utilizou-se dos registros do Índice Anamnésico de Fonseca proposto por Fonseca et al.,(1994), que consta de 10 questões que permitem respostas “Sim”, “Às Vezes” ou “Não”, com pontuação 10, 5 e zero respectivamente. A soma dos pontos classifica os entrevistados nas categorias DTM-Ausente (0 a 15 pontos), Leve (20 a 40 pontos), Moderada (45 a 60 pontos) ou Grave (70 a 100 pontos). Resultados: De acordo com os dados coletados a maioria teve registro de dor e/ou rigidez, e as vértebras mais comprometidas foram as primeiras vértebras cervicais sendo 57,14% na terceira vétebra cervical C3. No que diz respeito aos registros desses parâmetros nas ATMs foram de 65% e 75% dos casos respectivamente. Em relação à disfunção da ATM, através das pontuações registradas no Índice Anamnésico pode-se constatar que, os 60% dos indivíduos foram classificados como DTM grave. Conclusão: As dores craniofacial, cervical e dificuldades em abrir a boca referidas pelos indivíduos com Síndrome de Eagle revelaram alta frequência de diminuição de mobilidade e/ou dor cervicomandibular além de disfunção tempomandibular. Uma abordagem mais abrangente e completa da região orocraniofacial pode ser útil no diagnóstico e tratamento dos indivíduos sindromicos.

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Publicado

2017-08-17

Como Citar

Rocha, C. M. C. G. da, Lins, M. D. de S., Silva Neto, L. B. da, Nepomuceno, E. J., & Paiva, M. das G. (2017). FREQUÊNCIA DE DOR E DIMINUIÇÃO DA MOBILIDADE CERVICAL E TEMPOROMANDIBULAR EM INDIVÍDUOS COM SÍNDROME DE EAGLE. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 2(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/1996