O TEMPO DE INÍCIO DA FISIOTERAPIA APÓS A MASTECTOMIA INFLUENCIA NA RECUPERAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO, NA REDUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA DOR?

Autores

  • Vanessa da Costa Andrade Universidades Federal de Sergipe
  • Fernanda Bispo de Oliveira Universidades Federal de Sergipe
  • Jéssica Mota Santana Universidades Federal de Sergipe
  • Pricila Lima Santos Universidades Federal de Sergipe
  • Francielly Santos Lima Universidades Federal de Sergipe
  • Mariana Tirolli Rett Universidades Federal de Sergipe

Resumo

Introdução: O câncer de mama no Brasil é o mais comum entre as mulheres e o tratamento cirúrgico é indispensavel. A cirurgia pode determinar complicações, como restrições da amplitude de movimento (ADM), funcionalidade e dor. Objetivos: avaliar se o tempo de início da fisioterapia após a mastectomia influencia na recuperação da ADM, na redução e na caracterização da dor. Métodos: Foi realizado um ensaio clinico não aleatorizado, envolvendo mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde, submetidas à mastectomia associada à linfadenectomia axilar e com queixa de dor no membro superior homolateral a cirurgia. Todas as participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, sendo atendidas as diretrizes da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal Sergipe, conforme o nº CAAE 02201312.2.0000.0058. O estudo foi composto por três grupos: Grupo A: até 1 mês de pós-operatório (PO); Grupo B: entre 1 e 4 meses de PO; Grupo C: acima de 4 meses de PO. Foram coletadas informações pessoais e clínico-cirúrgicas. A ADM foi avaliada através da goniometria, a intensidade da dor pela Escala Visual Analógica (EVA) e a caracterização da dor pelo Questionario de Dor McGill (Br-MPQ). A partir do Br-MPQ foram obtidas duas medidas de escore: o número de palavras escolhidas (NWC) e o índice de dor (PRI). A avaliação da ADM e a aplicação dos questionarios foram realizados na sessão inicial e na 10ª sessão. Todos os grupos receberam o mesmo protocolo de tratamento, sendo ele composto por 10 sessões de cinesioterapia, distribuídas em três sessões semanais, com duração média de 60 minutos cada sessão. Resultados: foram incluídas 114 mulheres. O Grupo A foi composto por 34 pacientes, o Grupo B por 47 e o Grupo C por 33. Após 10 sessões de cinesioterapia, a ADM aumentou em todos os movimentos de todos os grupos. A intensidade de dor avaliada pela EVA diminuiu em todos os grupos após o tratamento. Na caracterização da dor, foi notada uma redução significativa nos escores de PRI e NWC apenas no Grupo C. Conclusão: O tratamento fisioterapêutico aumentou a ADM, reduziu a dor e menos palavras foram escolhidas para caracterizar a dor em todos os grupos, com diferença significativa apenas em alguns aspectos quando comparados intergrupos.

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Publicado

2017-08-17

Como Citar

Andrade, V. da C., Oliveira, F. B. de, Santana, J. M., Santos, P. L., Lima, F. S., & Rett, M. T. (2017). O TEMPO DE INÍCIO DA FISIOTERAPIA APÓS A MASTECTOMIA INFLUENCIA NA RECUPERAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO, NA REDUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA DOR?. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 2(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2025