AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE DOR E FUNCIONALIDADE EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO FEMOROPATELAR

Autores

  • LILIAN RAMIRO FELICIO Universidade Federal de Uberlândia
  • ANA IZABEL RODRIGUES DE FREITAS Universidade Federal de Uberlândia
  • CAMILA MAGALHÃES DE LIMA Universidade Federal de Uberlândia
  • JULIA MARIA DOS SANTOS Universidade Federal de Uberlândia

Resumo

Introdução: A dor femoropatelar (DFP) é uma condição clínica frequente, principalmente, entre mulheres jovens e ativas, sendo definida como uma dor difusa de intensidade leve a moderada, localizada na região anterior do joelho, que influencia negativamente a qualidade de vida e funcionalidade destas mulheres. Visto a dor ser multifatorial, de caráter individual e subjetivo, pode ser influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais, assim é primordial a o olhar biopsicossocial na prática para o manejo da dor destas pacientes. Sendo assim, é importante entendermos diferentes domínios relacionados a dor de pacientes com DFP. Objetivo: Foi comparar a percepção de dor e funcionalidade de mulheres, com e sem DFP, considerando seus aspectos biopsicossociais. Métodos: Foram selecionadas 100 voluntárias, distribuídas em dois grupos: 50 mulheres com DFP e 50 mulheres controle (sem DFP), as quais responderam, em formato de formulários eletrônicos, escalas que avaliam dor e/ou função. Os critérios de inclusão foram: apresentar ou não dor anterior ou retropatelar no joelho. Dor ao menos nos últimos 2 meses e presente em duas ou mais atividades como: caminhar, saltar, subir e/ou descer escadas, correr, permanecer sentado ou ajoelhado por um longo período, a extensão isométrica do joelho com contração de 60° de flexão do joelho e/ou durante a palpação da faceta lateral ou medial da patela. As escalas utilizadas, são validadas e adaptadas culturalmente para a língua portuguesa do Brasil, são elas: Escala numérica de dor (END), Escala de catastrofização da dor (PCS), Escala de atividades de vida diária (ADLS) e a Escala de afetos positivos e negativos (PANAS). Para a comparação entre grupos, foi utilizado o teste Mann Whitney, considerando nível de significância de 5%. Resultados: A mediana da END foi de 4(1; 7) para o grupo DFP, já o grupo controle sem queixa de dor. Em relação a PCS, obtivemos mediana maior no grupo DFP (20(4; 39), sendo o grupo controle de 0,0 (0;3). Em relação a percepção de funcionalidade, quantificada pelo ADLS, o grupo DFP apresentou mediana superior ao grupo controle, sendo observado valores 81,4 (48,6; 94,3) e 100 (88,6; 100), respectivamente. Os Afetos positivos também apontaram valores inferiores para o grupo DFP (31 (3;49)) comparado ao grupo controle (37,0(15;49)). Já ao ser avaliado o afeto negativo, o grupo DFP apresentou valores superiores ao observado no grupo controle, sendo mediana de 22(2;39) e 18(10; 36), respectivamente. Conclusão: Mulheres com DFP apresentaram percepção de função reduzida, maiores valores no domínio de afeto negativo e catastrofização da dor em relação a mulheres sem queixa de dor no joelho.

Publicado

2025-01-08

Como Citar

LILIAN RAMIRO FELICIO, ANA IZABEL RODRIGUES DE FREITAS, CAMILA MAGALHÃES DE LIMA, & JULIA MARIA DOS SANTOS. (2025). AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE DOR E FUNCIONALIDADE EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO FEMOROPATELAR. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 4(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/2472