Variação e mudança no uso de clíticos na fala de estudantes universitários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/rs.v12i1.7452

Palavras-chave:

Objeto direto anafórico, Sociolinguística, Variação morfossintática

Resumo

Esta pesquisa objetiva verificar a ocorrência (ou não) dos clíticos “o”, “os”, “a”, “as”, para a retomada do objeto direto anafórico em português brasileiro na fala de estudantes universitários. Para tanto, aconrou-se na metodologia da Teoria Variacionista (Labov, 2008 [1983]) em comparação aos estudos clássicos de Cunha (1975) e Cegalla (1975) a respeito do emprego dos pronomes clíticos. O percurso do trabalho se deu a partir de levantamento bibliográfico dos pressupostos teóricos-metodológicos, entrevistas, audição e transcrição de fala,  discussão e análise dos dados. Os resultados apontaram a não ocorrência no uso dos clíticos para a retomada do objeto direto anafórico, prevalecendo o uso das formas nominais “ele” e “ela” como estratégias anafóricas privilegiadas pelos entrevistados. Desa forma, aponta-se haver uma tendência a variação e mudança, quando do uso dessas formas clíticas.

Biografia do Autor

  • Alessandra Araújo Marinho

    Mestre em Linguística Aplicada pela Universidade Brasília (UnB)

  • Rogério Marcelino dos Santos Melo, UFPB

    Doutorando em Linguística pelo Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade Federal da Paraíba. Membro do Grupo de Pesquisa em Contato Linguístico da UFPB.

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Publicado

2024-06-24

Como Citar

Variação e mudança no uso de clíticos na fala de estudantes universitários . Revista do Sell, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 116–129, 2024. DOI: 10.18554/rs.v12i1.7452. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/sell/article/view/7452. Acesso em: 29 maio. 2025.