Variação e mudança no uso de clíticos na fala de estudantes universitários
DOI:
https://doi.org/10.18554/rs.v12i1.7452Palavras-chave:
Objeto direto anafórico, Sociolinguística, Variação morfossintáticaResumo
Esta pesquisa objetiva verificar a ocorrência (ou não) dos clíticos “o”, “os”, “a”, “as”, para a retomada do objeto direto anafórico em português brasileiro na fala de estudantes universitários. Para tanto, aconrou-se na metodologia da Teoria Variacionista (Labov, 2008 [1983]) em comparação aos estudos clássicos de Cunha (1975) e Cegalla (1975) a respeito do emprego dos pronomes clíticos. O percurso do trabalho se deu a partir de levantamento bibliográfico dos pressupostos teóricos-metodológicos, entrevistas, audição e transcrição de fala, discussão e análise dos dados. Os resultados apontaram a não ocorrência no uso dos clíticos para a retomada do objeto direto anafórico, prevalecendo o uso das formas nominais “ele” e “ela” como estratégias anafóricas privilegiadas pelos entrevistados. Desa forma, aponta-se haver uma tendência a variação e mudança, quando do uso dessas formas clíticas.
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