Atletas de basquetebol universitário: uma proposta de intervenção psicológica no lance livre

Autores

  • Bruna Feitosa de Oliveira Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP Rio Claro e Laboratório de Estudos e Pesquisa em Psicologia do Esporte (LEPESPE) http://orcid.org/0000-0001-7716-2831
  • André Luis Aroni DeVry METROCAMP e Laboratório de Estudos e Pesquisa em Psicologia do Esporte (LEPESPE)
  • Kauan Galvão Morão UNESP Rio Claro e Laboratório de Estudos e Pesquisa em Psicologia do Esporte (LEPESPE)
  • Renato Henrique Verzani UNESP Rio Claro e Laboratório de Estudos e Pesquisa em Psicologia do Esporte (LEPESPE)
  • Guilherme Bagni UNESP Rio Claro, Fundação Hermínio Ometto “UNIARARAS” e Laboratório de Estudos e Pesquisa em Psicologia do Esporte (LEPESPE)
  • Afonso Antonio Machado UNESP Rio Claro e Laboratório de Estudos e Pesquisa em Psicologia do Esporte (LEPESPE)

DOI:

https://doi.org/10.17648/aces.v6n1.2430

Palavras-chave:

psicologia do esporte, biorretroalimentação psicológica, desenvolvimento humano, emoções

Resumo

Objetivo: O objetivo do estudo foi analisar a eficiência de um programa de 8 semanas focado em exercícios respiratórios como técnica de relaxamento antes do treinamento de lance livre, visando aprimorar o desempenho neste fundamento. Métodos: Participaram 9 atletas universitárias de basquetebol feminino, com idades entre 20 e 26 anos e pelo menos 2 anos de prática. Utilizou-se como instrumento o biofeedback para visualizar alterações nos parâmetros fisiológicos periféricos das atletas, e relacioná-los com seus estados emocionais, mensurando: frequência cardíaca, frequência e volume respiratório e condutibilidade da pele. Os testes inicial e final consistiam em 3 séries de 5 lances livres. As atletas foram divididas aleatoriamente em 2 grupos, controle e intervenção, e ambos treinaram durante 8 semanas 3 séries de 5 arremessos, mas somente o grupo intervenção recebeu um treino específico de como utilizar a respiração diafragmática na rotina antes do arremesso. Resultados: Não foram encontrados padrões de acertos entre os grupos, porém nem todas as atletas do grupo intervenção utilizaram a rotina no teste final, o que pode estar relacionado com o curto espaço de tempo destinado à aquisição de novas habilidades psicológicas, inviabilizando que a rotina fosse assimilada pelas atletas. Portanto, o objetivo de aprimorar o desempenho das atletas em 8 semanas não obteve sucesso. Conclusão: Sugere-se um tempo maior de intervenção para que a rotina seja automatizada.

Referências

De Rose Junior D. A competição como fonte de estresse no esporte. Rev bras cien e mov 2002;10(4):19-26.

Dobránszky IA, Machado AA. Auto-eficácia: um estudo da sua contribuição para a avaliação de desempenho de atletas. Rev Psico USF 2001; 6:67-74.

Brochado MMV. O medo no esporte. Motriz 2002;8:69-77.

Cedra C, Sério TMAP. O treinamento do lance livre no basquetebol. Rev bras psicol esporte 2008;2(1).

Almas SP. Análise das estatísticas relacionadas ao jogo que discriminam as equipes vencedoras das perdedoras no basquetebol profissional brasileiro. Rev bras educ fís esporte 2015; 29:551-558.

Greenspan MJ, Feltz DL. Psychological Interventions With Athletes in Competitive Situations: A Review.The sport psychol 1989;3(3):219-236.

Weinberg RS, Gould D. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. 6. ed. Porto Alegre: Ed. Artmed; 2017.

Vasconcelos-Raposo J. Explorando as limitações do conceito de ansiedade no desporto. Rev Desporto da UTAD 2000; 1:47-66.

Jones L, Stuth G. The uses of mental imagery in athletics: An overview. Appl & Prev Psychol 1997;6:101-115.

Godtsfriedt J, Andrade A, Vasconcelos DIC. Treinamento mental no tênis: revisão sistemática da literature. Rev bras ciênc esporte 2014;36(2):577-586.

Lee D. The effect of pre-shot routine on performance of a drive in golf. [Dissertação de mestrado]. Muncie: Ball State University; 2009.

Czech DR, Ploszay AJ, Burke KL. An Examination of the Maintenance of Preshot Routines in Basketball Free Throw Shooting. J Sport Behav. 2004; 27:323-329.

Phelps A, Kulinna P. Pre-performance routines followed by free throw shooting accuracy in secondary basketball players. Biomedical Human Kinetics. 2015; 7: 171-176.

Lamirand M, Rainey D. Mental imagery, relaxation, and accuracy of basketball foul shooting. Percept Mot Skills. 1994; 78: 1229-1230.

Kanthack TFD, Bigliassi M, Vieira LF, Altimari LR. Acute effect of motor imagery on basketball players' free throw performance and self-efficacy. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2014;16: 47-57.

Schuster C, Hilfiker R, Amft O, Scheidhauer A, Andrews B, Butler J, et al. Best practice for motor imagery: a systematic literature review on motor imagery training elements in five different disciplines. BMC Med. 2011; 9(75).

Thomas JR, Nelson JK. Métodos de pesquisa em atividade física. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2002.

Rampazzo L. Metodologia científica: para alunos de graduação e pós-graduação. São Paulo: Loyola; 2013.

Danucalov MAD. A psicofisiologia e o biofeedback aplicado à Educação Física. Rev Mackenzie educ fís esporte. 2010;9:28-31.

Berridge KC, Winkielman P. What is an unconscious emotion? Cogn Emot. 2003;17:181-211.

Acevedo E, Ekkekakis P. Psychobiology of physical activity. Champaign: Human Kinetics; 2006.

Hanin YL. Emotions and athletic performance: individual zones of optimal functioning model. Euro Yearbook Sport Psychol. 1997;1:29-72.

Hanin YL. Emotions in sport. Champaign: Human Kinetics; 2000.

Lidor R. Preparatory Routines in Self-Paced Events. In: Tenenbaum G, Eklund RC, editores. Handbook of Sport Psychology. New Jersey: John Wiley & Sons; 2007. p. 445 - 465.

Kamata A, Tenenbaum G, Hanin YL. Individual zone of optimal functioning (IZOF): a probabilistic estimation. J Sport Exerc Psychol. 2002;24:189-208..

Downloads

Publicado

2018-06-16

Edição

Seção

Artigos originais