Futebol brasileiro e ciência: o campeonato da série A realmente é melhor do que a série B?

Autores

  • Paulo Sérgio Machado Rodrigues Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil
  • Gustavo Ribeiro da Mota

DOI:

https://doi.org/10.17648/aces.v6n3.2765

Palavras-chave:

futebol, campeonato brasileiro, scout, análise estatística, variáveis qualitativas

Resumo

Objetivo: Este estudo comparou variáveis quantitativas (passes, finalizações, desarmes, cruzamentos, lançamentos, dribles, gols, faltas, cartões, impedimentos e pênaltis) de jogos das duas divisões do Campeonato Brasileiro no ano de 2013. Métodos: Os dados foram coletados a partir de dois distintos portais eletrônicos especializado em estatística para futebol (www.footstats.net e www.globoesporte.com). Foram analisados 380 jogos em cada divisão, totalizando 760 partidas. As variáveis foram comparadas por meio de teste T independente, com significância de 5%. Também analisamos o tamanho do efeito (TE) de Cohen d. Resultados: As seguintes variáveis diferiram entre as séries A e B (p < 0,05): passes certos, passes errados, passes totais, percentual de sucesso em passes, percentual de sucesso em cruzamentos, percentual de sucesso em lançamentos e dribles errados (TE moderado para todas as variáveis). Houve superioridade (p < 0,05) da série B em relação à série A para as variáveis finalizações certas, finalizações erradas, finalizações totais, percentual de sucesso de desarmes, percentual de sucesso de dribles, cartões amarelos, cartões vermelhos e faltas cometidas, (TE variando de pequeno a grande). Conclusão: Podemos concluir que a série A apresenta melhor índice técnico, maior dificuldade em driblar e finalizar corretamente em relação à série B. Adicionalmente, a série B é mais violenta do que a série A.

Referências

Garganta J. Competências no ensino e treino de jovens futebolistas. Lecturas: Educación Física y Deportes [Internet]. 2002; 8(45):[1-3 pp.].

Bradley PS, Di Mascio M, Peart D, Olsen P, Sheldon B. High-intensity activity profiles of elite soccer players at different performance levels. J Strength Cond Res. 2010;24(9):2343-51.

Stølen T, Chamari K, Castagna C, Wisløff U. Physiology of soccer: an update. Sports Med. 2005;35(6):501-36.

Lopes CR, Crisp AH, Germano MD, de Mattos RS, Sindorf MAG, da Mota GR, et al. Effects of pre-season short-term daily undulating periodized training on muscle strength and sprint performance of under-20 soccer players. International Journal of Science Culture and Sport (IntJSCS). 2015;3(2):64-72.

da Mota GR, Thiengo CR, Gimenes SV, Bradley PS. The effects of ball possession status on physical and technical indicators during the 2014 FIFA World Cup Finals. J Sports Sci. 2016;34(6):493-500. Epub 2015/12/24.

Bertolaccini MdS, Orsatti FL, Barbosa Neto O, Mendes EL, Penaforte FRdO, Ide BN, et al. Soccer only once a week generates excessive cardiac responses. J Health Sci Inst. 2010;28(3):272-4.

Mota GR, Gomes LH, Castardeli E, Bertoncello D, Vicente EJD, Marocolo M, et al. Treinamento proprioceptivo e de força resistente previnem lesões no futebol. J Health Sci Inst. 2010;28(2):191-3.

Møllerløkken NE, Lorås H, Pedersen AV. A SYSTEMATIC REVIEW AND META-ANALYSIS OF DROPOUT RATES IN YOUTH SOCCER. Percept Mot Skills. 2015;121(3):913-22. Epub 2015/11/23.

Wilbert-Lampen U, Leistner D, Greven S, Pohl T, Sper S, Volker C, et al. Cardiovascular events during World Cup soccer. The New England journal of medicine. 2008;358(5):475-83. Epub 2008/02/01.

Simim MA, Bradley PS, da Silva BV, Mendes EL, de Mello MT, Marocolo M, et al. The quantification of game-induced muscle fatigue in amputee soccer players. J Sports Med Phys Fitness. 2017;57(6):766-72. Epub 2016/03/10.

Simim MAM, da Mota GR, Marocolo M, da Silva BVC, de Mello MT, Bradley PS. The Demands of Amputee Soccer Impair Muscular Endurance and Power Indices But Not Match Physical Performance. Adapt Phys Activ Q. 2018;35(1):76-92. Epub 2018/01/05.

Simim MAM, Silva BVC, Marocolo Júnior M, Mendes EL, Mello MTd, Mota GR. Anthropometric profile and physical performance characteristic of the Brazilian amputee football (soccer) team. Motriz: Revista de Educação Física. 2013;19:641-8.

Vicente-Vila P, Lago-Penas C. The goalkeeper influence on ball possession effectiveness in futsal. J Hum Kinet. 2016;51:217-24. Epub 2017/02/06.

Schuth G, Carr G, Barnes C, Carling C, Bradley PS. Positional interchanges influence the physical and technical match performance variables of elite soccer players. J Sports Sci. 2016;34(6):501-8. Epub 2015/12/24.

Anderson C, Sally D. Os números do jogo: porque tudo que você sabe sobre o futebol esta errado. 1ª ed. São Paulo.: Paralela.; 2013. 201 p.

Vendite LL, Moraes ACd, Vendite CC. Scout no futebol: uma análise estatística. Conexões. 2015;1(2):12. Epub 2015-09-21.

Mota GR, Magalhães CG, Azevedo PHSM, Ide BN, Lopes CR, Castardeli E, et al. Lactate threshold in taekwondo through specifics tests. Journal of Exercise Physiology online. 2011;14(3):60-6.

Cruz TMFd, Germano MD, Crisp AH, Sindorf MAG, Verlengia R, da Mota GR, et al. Does Pilates Training Change Physical Fitness in Young Basketball Athletes? Journal of Exercise Physiology Online. 2014;17(1):1-9.

da Silva BV, Simim MA, Marocolo M, Franchini E, da Mota GR. Optimal load for the peak power and maximal strength of the upper body in Brazilian Jiu-Jitsu athletes. Journal of strength and conditioning research / National Strength & Conditioning Association. 2015;29(6):1616-21. Epub 2014/12/09.

Cohen J. Statistical power analysis for the behavioral sciences. 2ª ed. Hillsdale: Lawarence Erlbaum Associates; 1998. 120 p.

Batterham AM, Hopkins WG. Making meaningful inferences about magnitudes. International Journal of Sports Physiology and Performance. 2006;1:50-7.

Bradley PS, Ade JD. Are Current Physical Match Performance Metrics in Elite Soccer Fit for Purpose or is the Adoption of an Integrated Approach Needed? Int J Sports Physiol Perform. 2018:1-23. Epub 2018/01/18.

Downloads

Publicado

2019-04-26

Edição

Seção

Artigos originais