Lesões de manguito rotador em atletas amadoras de voleibol

Autores

  • Carolina Gonçalves Silva Centro Universitário de Patos de Minas, Minas Gerais
  • Joilson Meneguci
  • Cíntia Aparecida Garcia-Meneguci Centro Universitário de Patos de Minas, Minas Gerais

Palavras-chave:

voleibol, atletas, ombro

Resumo

Objetivo: Identificar a presença de lesões de manguito rotador em atletas amadoras de voleibol e verificar a associação com a discinesia escapular e desempenho funcional. Método: Estudo transversal, realizado com atletas amadoras de voleibol do Caiçaras Cowntry Clube de Patos de Minas-MG. As variáveis analisadas foram: diagnóstico clinico de lesão de manguito rotador, discinesia escapular (Slide Lateral Scapular Test) e desempenho funcional geral e específico no esporte dos membros superiores das atletas (Disability of the Arm, Sholder and Hand - DASH). Utilizou-se o teste exato de Fisher para verificar a associação das variáveis com a presença de lesão de manguito rotador (p ? 0,05). Resultados: Participaram do estudo 24 atletas, do sexo feminino, média de 38,23 (dp = 11,82) anos, sendo que 20,8% das atletas apresentaram lesão de manguito rotador no ombro direito. As atletas com lesão de manguito rotador, quando comparadas com as atletas sem lesão, apresentaram discinesia escapular (p = 0,050) e menor desempenho funcional geral (p = 0,036) e específico no esporte (p = 0,003). ConclusãoA lesão de manguito rotador foi associada à discinesia escapular e menor desempenho funcional geral e específico no esporte. Esses resultados demonstram a necessidade de criação de estratégias que possam prevenir disfunções decorrentes da demanda exigida pelo voleibol.

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Publicado

2020-08-03

Edição

Seção

Artigos originais