FATORES DE RISCO PARA CÃIBRAS MUSCULARES ASSOCIADAS AO EXERCÍCIO EM MARATONISTAS AMADORES – ESTUDO PILOTO

Autores

  • Kryslly Danielle de Amorim Cabral Universidade Federal de Pernambuco
  • Maria Eduarda Ferreira Costa Universidade Federal de Pernambuco
  • Horianna Cristina Silva de Mendonça Universidade Federal de Pernambuco
  • Anna Myrna Jaguaribe de Lima Universidade Federal de Pernambuco
  • Marcia Alessandra Carneiro Pedrosa de Castro Universidade Federal de Pernambuco
  • Ana Paula de Lima Ferreira Universidade Federal de Pernambuco

Resumo

Introdução:Ocorrência de cãibras em provas de resistência apresentam prevalência de 30-50% em maratonistas.Cãibras musculares foram referidas pela primeira vez na década de 30, porém, existem controvérsias sobre fatores de risco relacionados a essas contrações súbitas e involuntarias.Objetivos:Determinar fatores de risco para surgimento de cãibras musculares associadas ao exercício em maratonistas amadores. Métodos:Dois grupos compuseram este estudo piloto, observacional, descritivo e controlado, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CEP: 2.005.880.O Grupo I (GI) foi composto por indivíduos com relato de cãibra e Grupo II (GII) por 6 controles, assintomaticos.Considerados critérios de inclusão: voluntarios na faixa etaria de 18 a 65 anos, ambos os sexos, que ja tivessem participado de pelo menos uma maratona nos últimos 12 meses. Aplicado questionario semi-estruturado para caracterizar perfil esportivo, testes de força (dinamometria isométrica) e de flexibilidade (sensor inercial) de membros inferiores. Realizadas coletas de sangue para avaliação de biomarcadores: ureia, creatinina, aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, lactato desidrogenase, creatina - quinase 24 horas antes da realização da Maratona e imediatamente após conclusão.Na analise estatística, nas comparações intragrupo foi utilizado teste T Student, amostras dependentes; nas comparações intergrupo,o teste T Student nas independentes. Resultados: No GI (n=7, sexo masculino; n=1, sexo feminino) e no GII (n=5, sexo masculino; n=1, sexo feminino), as médias de idade foram respectivamente (34,2±17,5 e 42,8±12,0), o IMC (GI:23,1±2,1; GII:22,7±2,7). A força muscular do GI apresentou maiores valores de extensão do quadril do que o GII (25,3±6,4 e 17,7±3,1 p=0,021) e de extensão do joelho (37,5±5,4 e 28,6±7,1 p=0,021). Não houve diferença intra e intergrupos com relação à flexibilidade. Em relação aos biomarcadores na comparação intra grupos, todas as variaveis aumentaram após a maratona.Na comparação intergrupos, não houve diferença estatisticamente significante para os biomarcadores. Conclusão: Níveis dos biomarcadores e valores de flexibilidade não foram fatores de risco para o surgimento de cãibras musculares associadas ao exercício em maratonistas amadores. No entanto, o desempenho da força muscular durante a extensão do quadril e joelho demonstraram condições de risco para ocorrência de cãibra em maratonistas amadores.

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Publicado

2017-10-17

Como Citar

Cabral, K. D. de A., Costa, M. E. F., Mendonça, H. C. S. de, Lima, A. M. J. de, Castro, M. A. C. P. de, & Ferreira, A. P. de L. (2017). FATORES DE RISCO PARA CÃIBRAS MUSCULARES ASSOCIADAS AO EXERCÍCIO EM MARATONISTAS AMADORES – ESTUDO PILOTO. Anais Do Congresso Brasileiro Da Associação Brasileira De Fisioterapia Traumato-Ortopédica - ABRAFITO, 2(1). Recuperado de https://seer.uftm.edu.br/anaisuftm/index.php/abrafito/article/view/1991