A POSTURA DO TRONCO EM VIOLONISTAS ESTÁ ASSOCIADA À INTENSIDADE DA DOR NA COLUNA VERTEBRAL, TEMPO DE EXPERIÊNCIA TOCANDO E HORAS DE PRÁTICA SEMANAL

Autores

  • A. P. F. A. Nepomuceno Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO)
  • R. C. Lima Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO)
  • G. Delboni Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO)
  • M. C. Mancini Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO)
  • R. F. Sampaio Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO)
  • R. A. Resende Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO)

Resumo

 A dor na coluna vertebral é altamente prevalente em violonistas.  A postura do tronco enquanto tocam impõe demandas ao sistema musculoesquelético que podem estar relacionadas à dor na coluna vertebral nessa população. Esse estudo investigou a relação entre a postura do tronco e da coluna lombar com a intensidade da dor, tempo de experiência e horas de prática semanal de violonistas profissionais com dor na coluna (CAAE: 52537315.7.0000.5149). A postura do tronco e da coluna lombar de 17 violonistas profissionais com dor na coluna foi mensurada enquanto tocavam através de um sistema de análise de movimento tridimensional (Qualisys). O Brief Pain foi utilizado para avaliar a intensidade da dor na coluna vertebral nos últimos 15 dias, no momento da avaliação e a pior dor. Anos de experiência tocando e horas semanais de prática também foram avaliados. Correlação de Pearson foi utilizada para testar a associação entre as variáveis do estudo. A intensidade da dor na coluna vertebral nos últimos 15 dias (r=0.53) e a pior dor (r=0.52) foram associadas à flexão lateral do tronco. A dor na coluna vertebral no momento da avaliação foi associada à redução da flexão do tronco (r=-0.51). Anos de experiência foram associados à flexão lombar (r=0.58) e horas de prática semanais foram associadas à flexão do tronco (r=0.61). Esses achados podem ser explicados pelo aumento da sobrecarga sobre os tecidos da coluna vertebral devido às posturas assimétricas do tronco e pelos efeitos da quantidade de prática no comprimento e rigidez dos tecidos da coluna vertebral.

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Publicado

2019-05-25