A REPRESENTAÇÃO DE JERUSALÉM NO EVANGELHO DE MATEUS

Autores

  • Carlos Roberto da Penha UFTM

Resumo

Nosso projeto é analisar a cidade de Jerusalém tal como aparece nos quatro Evangelhos Bíblicos: Mateus, Marcos, Lucas e João. À oportunidade, vamos nos restringir ao Evangelho de Mateus, o qual uma referência aos demais, por analogia os representa. Tanto nos outros como em Mateus há, pelo viés espacial na narrativa, o claro objetivo em se provar que Jesus é “o Messias, o Salvador que Deus tinha prometido enviar ao mundo” (SBB, 2009). Para este estudo, utilizamos a metodologia da Topoanálise e sua relação com outras categorias da narrativa e sentidos produzidos. Dentre outros, utilizaremos as ideias de Bachelard, Iuri Lotman, Osman Lins e Borges Filho. A genealogia de Jesus, suas atividades divinas precedem e estão em Jerusalém, lugar santo e palco de sua imolação, numa sequência ditada pela espacialidade, sua entrada triunfal na cidade santa, o local da Última Ceia, e o espaço do princípio da imolação, o Sinédrio, frente a Caifás, o sumo sacerdote, que o encaminha à autoridade governamental, ao governador Pilatos. Daí,  à presença popular, lugar chamado pretório, espaço de encontro de poderes distintos e decisivos. Finalmente, o ápice da imolação “o Gólgota”,  onde é morto em favor do homem. Descendo pois, o corpo de Jesus ao “túmulo” e, sendo chegado o terceiro dia não fora encontrado mais naquele lugar. Ressurreto, aparece a duas mulheres as quais são orientadas por ele a seguir para um lugar fora de Jerusalém, onde se reuniria com elas e os demais discípulos. Desde o início desse roteiro, ressalta-se espacialidade em Jerusalém por condução da Topoanálise, num enredo politópico já que na trama será priorizada a cidade de Jerusalém, sendo citados outros espaços em seus entornos. Tal estudo apresentar-se-á como relevante contribuição para maiores estudos acadêmicos e valorização do estudo do espaço na construção de narrativas.

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