A BAILARINA DA LOJA DE TAPETES: ESPAÇO E MOBILIÁRIO ALINHAVANDO A ESCRITURA LITERÁRIA, ENTREMEANDO CÂNONE E ANTICÂNONE

Autores

  • Luciana Moura Colucci de Camargo UFTM

Resumo

Em 2013 foi lançado o livro A bailarina da loja de tapetes, da jovem escritora e blogueira carioca Ana Flávia Corujo. Como topoanalista literária interessada na configuração da espacialidade na literatura e no cinema, tal narrativa despertou minha atenção uma vez que o próprio título já anuncia a importância do espaço para o referido texto. Nota-se que de fato a Tappetum (a loja de tapetes) constitui-se como um elemento essencial na narrativa, sendo o lugar em que a venda de tapetes raros e repletos de memórias constitui-se como uma metáfora para que as pessoas encontrem o seu próprio “lugar” no mundo. Ademais, a loja e seu mobiliário ainda guardam a estória de vida da enigmática Dona Gilda – a proprietária – fazendo com que seja acrescentado um tom de mistério e de suspense bem ao gosto da literatura de vertente gótica. Neste sentido, esta proposição de estudos visa refletir, por meio da composição estética em termos de literariedade da Tappetum e da controversa querela entre postulados canônicos e anticanônicos, o “lugar” da escritura de Corujo na contemporaneidade. Assim, por intermédio de uma leitura que integra os eixos formal e temático, apoiada em pressupostos teóricos relevantes a esse estudo, busca-se, por fim, contribuir para o (des)entendimento desta areia movediça chamada literatura (contemporânea) em que as fronteiras e as margens da literatura tem sido amplamente revisadas.

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