Vergonha e segredo no contexto da família com um membro no cárcere

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/refacs.v8i4.3838

Palavras-chave:

Confidencialidade, Vergonha, Prisões, Relações familiares.

Resumo

Este é um estudo de caso realizado com uma mulher de 25 anos, durante o primeiro semestre de 2019, cujo objetivo é compreender o surgimento e a manutenção de segredos familiares envolvidos pelo sentimento de vergonha quando o cárcere se torna uma demonstração da situação de vulnerabilidade social. Foi realizada uma entrevista com roteiro semiestruturado para elaboração dos instrumentos: Genograma, Ecomapa e Ciclo Vital da entrevistada e de sua família. A descrição do caso se deu em dois aspectos: Período anterior ao delito, o delito e a prisão; e, Relações com familiares e amigos. Verificou-se que o sentimento de vergonha diante da prisão, a organização de segredos intrafamiliar e a incerteza da manutenção desse segredo ao longo da vida.  Destarte, a comunicação se apresentou como complicadora dos processos de resiliência na família.

Biografia do Autor

  • Julia Sursis Nobre Ferro Bucher-Maluschke, Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)
    Psicóloga. Pós Doutora em Psicologia. Professora Emérita da Universidade de Brasília (UnB). Professora Titular no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), Brasília/DF, Brasil
  • Gabrielle Capeleiro, Centro Universitário de Brasília
    Graduanda em Psicologia no UniCEUB, Brasília/DF, Brasil
  • Jonas Carvalho e Silva, UniCEUB
    Psicólogo. Doutor em Psicologia Clínica e Cultura. Pós Doutorando em Psicologia Jurídica no UniCEUB, Brasília/DF, Brasil

Referências

Barreto M, Cavalhieri KE, Crepaldi MA, Silva IM. Influência do segredo na dinâmica familiar: contribuições da teoria sistêmica. Pensando Fam. [Internet]. 2017 [citado em 2 fev 2020] 21(2):134-48. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/penf/v21n2/v21n2a11.pdf

Santos SFP. O segredo familiar: compreendendo as estratégias metodológicas utilizadas por psicólogos em situações de segredos na terapia familiar. monografia. Palhoça, SC: Universidade do Sul de Santa Catarina; 2015.

Bilenky MK. Vergonha: sofrimento e dignidade. Ide [Internet]. 2014 [citado em 15 jul 2019]; 37(58):133-45. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ide/v37n58/v37n58a12.pdf

Bucher‐Maluschke JSNF, Carvalho, Silva J. O uso de instrumentos interventivos com crianças e adolescentes em acolhimento institucional na perspectiva bioecológica. In: Cavalcante LIC, Magalhães CMC, Corrêa LS, Costa EF, Cruz DA, editores. Acolhimento institucional de crianças e adolescentes: teorias e evidências científicas para boas práticas. 2ed. Curitiba: Juruá Editora; 2018. p. 315–24.

Jesus ACF, Oliveira LV, Oliveira AO, Brandão GCG, Costa GMC. O significado e a vivência do abandono familiar para presidiárias. Ciênc Saúde [Internet]. 2015 [citado em 8 dez 2014]; 8(1):19-25. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faenfi/article/view/19535

Watzlawick P, Beavin JH, Jackson DD. Pragmática da comunicação humana: um estudo dos padrões, patologias e paradoxos da interação. São Paulo: Editora Cultriz Ltda; 1997.

Liedtke F, Schulze C. Beyond words: content, context, and inference. Gottingen: Hubert & Co. KG; 2013.

Bucher JSN. Mitos, segredos e ritos na família II: uma perspectiva intergeracional. Psic: Teor e Pesq. [Internet]. 2012 [citado em 22 jan 2020]; 2(1):14-22. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/16985

Tisseron S. Les Secrets de famille: que sais-je? 3ed. França: Puf; 2011.

Feitosa IP, Rivera GA Camboim AA, Santos MS. Repensando o sentimento da vergonha: contribuições psicossociológicas. Fractal: Rev Psicol. [Internet]. 2012 [citado em 22 jan 2020] 24(1):203-10. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/fractal/v24n1/v24n1a14.pdf

Publicado

2020-10-14

Edição

Seção

Estudo de Caso

Como Citar

Vergonha e segredo no contexto da família com um membro no cárcere. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, [S. l.], v. 8, n. 4, p. 952–959, 2020. DOI: 10.18554/refacs.v8i4.3838. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/refacs/article/view/3838. Acesso em: 16 maio. 2025.