A certeza delirante no discurso psicótico e seus atravessamentos no contexto familiar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/refacs.v10i3.6173

Palavras-chave:

Assistência à saúde mental, Delírio, Família

Resumo

O discurso de conteúdo delirante se manifesta com frequência na psicose. A Reforma Psiquiátrica Brasileira propõe o cuidado em liberdade e a intervenção compartilhada com as famílias. Objetivo: discutir como as intervenções com a família repercutiram no projeto terapêutico, além de questionar acerca do papel da família e da equipe na condução do cuidado e do preparo e disponibilidade das instituições e equipes para acolher e orientar as famílias. Método: abordagem qualitativa, com objetivo descritivo-exploratório, a partir do relato de caso único, baseado na revisão de prontuário de uma mulher diagnosticada como psicótica, com a manifestação do transtorno delirante e que apresentou contexto familiar bastante conflituoso. Resultados: com as intervenções, foi atingida a redução do investimento afetivo nas certezas delirantes, com menor impacto no desempenho funcional e na dinâmica familiar da usuária. Conclusão: sem a abordagem familiar, promovendo a responsabilização dos integrantes do núcleo, as intervenções dos profissionais têm grande chance de serem pouco resolutivas.

Biografia do Autor

  • Marcos Aurélio Fonsêca, Universidade Federal de Minas Gerais/Curso de Graduação em Terapia Ocupacional

    Terapeuta Ocupacional e Administrador. Doutorando em Saúde Coletiva. Professor Adjunto do curso de Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte/MG

  • Lígia de Laurentiis Sabino, Rede de Saúde Mental de Belo Horizonte/MG

    Terapeuta Ocupacional. Especialista em Saúde Mental. Profissional da Rede de Saúde Mental. Belo Horizonte/MG

Publicado

2022-09-30

Edição

Seção

Artigos originais

Como Citar

A certeza delirante no discurso psicótico e seus atravessamentos no contexto familiar. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, [S. l.], v. 10, n. 3, p. 542–553, 2022. DOI: 10.18554/refacs.v10i3.6173. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/refacs/article/view/6173. Acesso em: 5 dez. 2025.