Avaliação do arco plantar de corredoras e correlação com a função dos músculos do assoalho pélvico.

Autores

  • Rafaela de Melo Silva Docente do Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia; MG; Brasil
  • Kamilla Bárbara Arruda Duarte Fisioterapeuta, Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia; MG; Brasil.
  • Letícia Souza Franqueiro Fisioterapeuta, Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia; MG; Brasil.
  • Frederico Tadeu Deloroso Docente do Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia; MG; Brasil.
  • Maita Poli Araújo Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo - Setor de Ginecologia do Esporte – São Paulo; SP; Brasil.
  • Marair Gracio Ferreira Sartori Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo - Setor de Ginecologia do Esporte – São Paulo; SP; Brasil.
  • Ana Paula Magalhães Resende Docente do Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia; Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia; MG; Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.17648/aces.v7n1.3503

Palavras-chave:

assoalho pélvico, esportes, atletas, fisioterapia

Resumo

Objetivo: O presente estudo tem como objetivo mensurar o arco plantar de mulheres corredoras e correlacionar com a função dos músculos do assoalho pélvico. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa na Universidade Federal de Uberlândia (No. 1451984/2016). Foram incluídas 26 atletas corredoras no estudo. O protocolo de pesquisa foi dividido em duas etapas. Inicialmente foi realizada a avaliação dos músculos do assoalho pélvico por palpação vaginal (graduada pela Escala de Oxford) e posteriormente pela manometria de pressão, utilizando um perineômetro. Em seguida, foi realizada a fotopodoscopia, com os pés descalços, apoio bipodal e postura ortostática com braços ao longo do corpo, sendo a imagem da impressão plantar refletida no espelho foi capturada por uma câmera. Resultados: Não foram encontradas correlações entre o tamanho do arco plantar e a função dos músculos do assoalho pélvico. As atletas apresentaram baixa força muscular de assoalho pélvico mensurada pela manometria de pressão (pico de contração: 46,10(29,34) cmH2O). Ainda, foi encontrada alta prevalência de incontinência urinária entre as atletas (9 mulheres relataram perda involuntária de urina durante a prática da corrida, o que representa 34,6% da amostra). Conclusão: Não foi encontrada correlação entre o arco plantar e a função dos músculos do assolho pélvico de atletas corredoras.

Biografia do Autor

Rafaela de Melo Silva, Docente do Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia; MG; Brasil

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal de Uberlândia (2015), Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (2017) e Pós-graduada em Saúde da Mulher pela Universidade Federal de São Carlos (2017). Atualmente é docente do curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de Uberlândia.

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Publicado

2019-07-31

Edição

Seção

Artigos originais