IMPACTO DA POLUIÇÃO LUMINOSA NA ECLOSÃO DE Phibalosoma phyllinum Gray, 1835 (BICHO-PAU) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/acbiobras.v2i2.8668

Palavras-chave:

insetos, biodiversidade, integridade biótica, estresse ambiental

Resumo

A poluição luminosa é definida por um uso inadequado da iluminação artificial.
Afeta a qualidade de vida e o bem-estar das populações. Phibalosoma phyllinum é
um bicho-pau que possui hábito noturno e como nos outros animais a luz natural é
responsável pelo ritmo circadiano. O objetivo desse trabalho foi criar insetos em
condições controladas e verificar se a poluição luminosa poderia alterar parâmetros
populacionais. Ovos de P. phyllinum foram separados em três grupos: controle
(GC), Grupo 1 e Grupo 2. Cada Grupo Experimental (GE) foi exposto à condições
ambientais diferentes e era constituído por 3 caixas. Foram utilizadas nove caixas
de papelão, com tamanho e formato aproximado de 30 x 15 x 8 cm, com tampa de
sombrite. Em cada caixa foram colocados 30 ovos. As observações aconteceram
três vezes na semana, no período de janeiro a abril, nos mesmos horários, entre
17h30min e 18h00min. A diferença entre Grupo Controle e Grupos Experimentais
1 e 2 foi relativamente elevada. Mas apesar da diferença, a análise estatística não
indicou diferença significativa entre os tratamentos e controle. A iluminação
artificial é pouco conhecida no estudo da ecologia, porém é um desafio para a
conservação, causando diversos efeitos no comportamento de animais.

Referências

(1) Da Silva, PF; Martins, DR. 2016. Poluição versus sustentabilidade. REBEMAS. 1(2): 56-62.

(2) Silva, L. G. M. A poluição no espaço escolar: Uma proposta de conscientização ambiental para alunos do Ensino Fundamental. 2015.

(3) Cinzano, P; Falchi, F; Elvidge, CD; Baugh, KE. 2000. The artificial night sky brightness mapped from DMSP satellite Operational Linescan System Measurements. Mon. Not. R. Astron. Soc. 318: 641-657.

(4) Bailey, ME. 2006. Dark skies for all. Astronomy & Geophysics 47(6):35-36. DOI: 10.1111/j.1468-4004.2006.47635.x.

(5) Alves, DF; Santos, AS. 2016. A iluminação pública e sua função nos centros urbanos. Blucher Proceedings. 2(4): 317-333.

(6) Secretaria de Energia do Estado de São Paulo. Cartilha de Iluminação Pública: Guia do Gestor. 2013. Disponível em <http://www.energia.sp.gov.br/portal.

(7) Marques, JR. 2015. A poluição luminosa e a legislação brasileira. Lusíada. Direito e Ambiente. 2-3: 159-168.

(8) Veras, GC; Murgas, LDS; Zangeronimo, MG; Oliveira, MM; Rosa, PV; Felizardo, VO. 2013. Ritmos biológicos e fotoperíodo em peixes. Arch Zootec. 62(237): 25-43.

(9) Mota, DPN. Importância dos ritmos circadianos na Nutrição e Metabolismo. 2010.

(10) Andrade, A, Pinto, SC, de Oliveira, RS. Animais de laboratório: criação e experimentação. SciELO-Editora FIOCRUZ. 2006.

(11) Fernandes, RMF. 2006. O sono normal. Medicina. 39(2): 157-168.

(12) Lopes, LA; Blochtein, B; Ott, AP. 2007. Diversidade de insetos antófilos em áreas com reflorestamento de eucalipto, Município de Triunfo, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Sér. Zool. 2(97): 181-193.

(13) Borror, DJ; De’Long, DM. Introdução ao estudo dos insetos. Blucher/USP/EDUSP, 1969.

(14) Monteiro, ECO. Sistema digestivo do bicho-pau Phibalosoma phyllinum (Phasmida, Phasmatidae): uma análise morfológica, fisiológica e bioquímica. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. 2012.

(15) Rafael, JA; Melo, GAR; Carvalho, CJB; Casari, AS; Constantino, R. (Eds.). 2012. Insetos do Brasil: Diversidade e Taxonomia. Ribeirão Preto. Holos Editora, 810 p.

(16) Longcore, T; Rich, C. 2004. Ecological light pollution. Front Ecol Environ. 2(4): 191-198.

(17) Cheres, JEC, Sousa, CAD; Carvalho, JD; Chaves, ARCM. 2011. Trabalho noturno: a inversão do relógio biológico. RECJ. 1(3): 9-44.

(18) Claustrat, TB; Brun, J; Chazot, G. 2005. The basic physiology and pathophysiology of melatonin. Sleep Med. Rev. 9: 11-24.

(19) Proni, EA; Macieira, OJD. 2004. Ritmo circadiano da taxa respiratória de Tetragonisca angustula fiebrigi (Schwarz), T. a. angustula (Latreille) e Trigona spinipes (Fabricius) (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae). Revista Brasileira de Zoologia, 21(4): 987-993. https://dx.doi.org/10.1590/S0101-81752004000400036.

(20) De Araujo, FF; Garraffoni, ARS. 2012. Sinopse dos Phasmatodea (Insecta) Descritos para o Brasil. EntomoBrasilis, 5(3): 232-237.

(21) Key, KHL. Phasmatodea (stick-insects) pp. 348–359 in: CSIRO ed. The

Insects of Australia. A textbook for students and research workers. Melbourne:

Melbourne University Press., 1970.

(22) Vargas, NC; Silva, ATC; Matta, APLF; Francisco, RP. 2008. Biologia de Phibalosoma phyllinum (Phasmatodea) em cativeiro. Revista Científica da Faminas, 4(3): 35-43.

(23) Clark, JT. 1976. The eggs of the stick insects: review with descriptions of the eggs of eleven species. Syst Entomol, 1: 95-105.

(24) Fernandes, MLB; Silva, LCC; Moura, GJB. 2016. Influência dos impactos ambientais na escolha da praia de desova da espécie Eretmochelys imbricata. Biota Amazônia, 6(4): 44-48.

(25) Nisa, MAS. Estudo da Eficiência Energética de Sistemas de Iluminação Pública. Estudo aplicado ao Iparque. Instituto Politécnico de Coimbra. Coimbra. 2011.

(26) Viviani, VR; Rocha, MY; Hagen, O. 2010. Fauna de besouros bioluminescentes (Coleoptera: Elateroidea: Lampyridae; Phengodidae, Elateridae) nos municípios de Campinas, Sorocaba-Votorantim e Rio Claro-Limeira (SP, Brasil): biodiversidade e influência da urbanização. Biota Neotrop, 10(2): 103-116.

(27) Barghini, A; de Medeiros, BAS. 2012. UV Radiation as an attractor for nsects. Leukos. 9(1): 47-56.

(28) Harder, B. 2002. Deprived of Darkness: the unnatural ecology of artificial light at night. Sci News, 161(16): 248-249.

Downloads

Publicado

03-10-2025

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

IMPACTO DA POLUIÇÃO LUMINOSA NA ECLOSÃO DE Phibalosoma phyllinum Gray, 1835 (BICHO-PAU) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO. Acta Biologica Brasiliensia, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 16–24, 2025. DOI: 10.18554/acbiobras.v2i2.8668. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/acbioabras/article/view/8668. Acesso em: 5 dez. 2025.