SÍFILIS CONGÊNITA: UM AGRAVO PERSISTENTE – PERFIL DE PACIENTES DE UMA REGIÃO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
DOI:
https://doi.org/10.18554/acbiobras.v6i1.7246Palavras-chave:
terapêutica, transmissão vertical, pré-natal, Treponema pallidum, doenças sexualmente transmissíveisResumo
A sífilis é uma doença cuja incidência cresce progressivamente no Brasil, a despeito dos protocolos instituídos no país. O Brasil almeja uma meta de 0,5/1000 nascidos vivos. Este estudo objetivou identificar o perfil clínico e laboratorial de mães e recém-nascidos com história de sífilis em acompanhamento em Ambulatório de Pediatria do Distrito Federal. Foi um estudo observacional, descritivo, transversal e retrospectivo, que envolveu análise de prontuário de 193 pacientes, via sistema Trakcare. Observou-se aumento na incidência de sífilis congênita na amostra estudada, bem como predomínio de mães inadequadamente tratadas. A perda de seguimento no pré-natal foi a principal causa desta inadequação. O tratamento predominante das crianças na maternidade foi penicilina cristalina em regime intrahospitalar. Após alta da maternidade, cerca de 78% dos pacientes não mantiveram seguimento ambulatorial. Diante desses resultados, é crucial que sejam implementadas ações efetivas para abordar as lacunas identificadas. Medidas como o fortalecimento do pré-natal, o aumento da disponibilidade de medicamentos em esquema hospital dia e, a promoção de estratégias de seguimento e educação em saúde, são fundamentais para reduzir a incidência de sífilis congênita e garantir o tratamento adequado das gestantes.