O SIGNIFICADO AMBIENTAL DA Terminalia catappa (CASTANHEIRA) NA ARBORIZAÇÃO DA ORLA LITORÂNEA DE VILA VELHA (ES)

Autores

  • Ricardo Motta Pinto-Coelho NACQUA - Núcleo Interdisciplinar de Estudos Avançados em Águas/UFSJ

DOI:

https://doi.org/10.18554/acbiobras.v4i1.8741

Palavras-chave:

arborização urbana, espécie exótica, espécie doméstica

Resumo

O estudo faz um mapeamento da vegetação arbórea ao longo das praias na zona central do município de Vila Velha (ES). Uma área equivalente a 3,33 km² e uma extensão de 9,2 km foi mapeada com imagens de alta definição obtidas por um VANT (drone). A Terminalia catappa (castanheira) destacou-se como o elemento mais importante da arborização da orla litorânea. O estudo traz ainda um balanço entre os impactos ecológicos causados por espécie exótica para a vegetação nativa (restingas) e os inúmeros serviços ambientais prestados pela castanheira na área estudada. Esses serviços são desfrutados não somente pelo cidadão, mas também por representantes da fauna nativa, seja ela de vertebrados ou mesmo de invertebrados que habitam a área. Além de sugerir algumas medidas objetivas a curto prazo a serem adotadas pelos gestores da cidade, o estudo conclui que as castanheiras devem ser reconhecidas como um dos elementos centrais da arborização urbana das orlas litorâneas das cidades situadas na zona tipicamente tropical brasileira.

Referências

(1) Brun, FGK; Silva-Filho, DF. 2009. Técnicas de implantação e manejo em arborização viária urbana. In: Martin, T. N., M.F. Ziech, P.S. Pavinato, A.J. Waclawovsky; M.M.S. Sklarski [org.] Sistemas de Produção Agropecuária. Universidade Federal do Paraná. Campus Dois Vizinhos. Págs. 210-233.

(2) Diniz Júnior, J. 2012. A influência da vegetação no índice de conforto térmico em praças de diferentes configurações morfológicas na cidade de Santarém-PA. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Oeste do Pará. Programa de PósGraduação em Recursos Naturais da Amazônia. Santarém, PA. 109 págs.

(3) Brun, FGK; Link, D; Brun, EJ. 2007. O emprego da arborização na manutenção da biodiversidade da fauna em áreas urbanas. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. 2 (1): 117-127.

(4) Duarte, TEPN; Angeoletto, F; Santos, JWMC; Silva, FF; Bohrer, JFC; Massad, L. 2018. Reflexões sobre a arborização urbana: desafios a serem superados para o incremento da arborização urbana no Brasil. Revista em Agronegócio e Meio Ambiente, Maringá (PR) 11(1) :327-341.

(5) Lima, NEM; Melo e Souza, R. 2011. Comportamento e características das espécies arbóreas nas áreas verdes públicas de Aracaju, Sergipe. SCIENTIA PLENA VOL. 7 (1):1-10. 2011.

(6) Prefeitura Municipal de Vila Velha –PMVV. 2018.Vila Velha em Números: diagnóstico municipal. Secretaria Municipal de Planejamento e Projetos Estratégicos. 246 págs.

(7) Thomson, LAJ; Evans, B. 2006. Terminalia catappa (tropical almond) Combretaceae (combretum family). Species Profiles for Pacific Island Agroforestry. pp 1-19.

(8) IBGE cidades. 2021. Vila Velha, Espírito Santo, Brasil. IBGE Cidades. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/es/vila-velha; acesso em 22/4/2021.

(9) Mavic Pro. 2017. Manual do Usuário, Versão 1.6, 63 págs. http://www.dji.com/mavic.

(10) Putch, A. 2017. Linear Measurement Accuracy of DJI Drone Platforms and Photogrammetry. DroneDeploy, 1045 Bryant Street, Suite 300, San Francisco, CA 94103. USA. http://dronedeploy.com. 17 págs.

(11) Agisoft PhotoScan. 2018. Agisoft Metashape. User Manual: Professional Edition, Version 1.2 (2018). Acta Biologica Brasiliensia, v. 4, n. 1 (2021) ISSN online 2596-0016 118

(12) Sistema de Informações Geográficas SIG - QGIS. 2021. Projeto da Fundação Geoespacial de Código Aberto. http://qgis.osgeo.org.

(13) Cattony, CM. 2016. Influência da arborização e edificação no conforto térmico nos espaços públicos da cidade de Fortaleza. Monografia de Bacharelado. Instituto de Ciência do Mar - LABOMAR. Curso de Ciências Ambientais. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza. 67 pg.

(14) Pivetta, KFL; Silva Filho, DF. 2002. Arborização urbana. Jaboticabal: Unesp, 69 p.

(15) Yun-Lian, L; Yueh-Hsiung, K; Ming-Shi, S; Chien-Chih, C; Jun-Chih, O. 2000. Flavonoid Glycosides from Terminalia catappa L. Journal of the Chinese Chemical Society, 47:253-256.

(16) Nagappa, AN; Thakurdesai, PA; Venkat, N; Jiwan Singh, R. 2003. Antidiabetic activity of Terminalia catappa Linn fruits. Journal of Ethnopharmacology, 88 (1): 45-50.

(17) Babayi, H; Kolo, I; Okogun, JI; Ijah, UJJ. 2004. The antimicrobial activities of methanolic extracts of Eucalyptus camaldulensis and Terminalia catappa against some pathogenic microorganism. BIOKEMISTRI 16 (2):106-111.

(18) Annegowda, HV; Nee, CW; Mordi, MN; Ramanathan, S; Mansor, SM. 2010. Evaluation of phenolic content and antioxidant property of hydrolysed extracts of Terminalia catappa L. Leaf. Asian Journal of Plant Sciences 9(8):479-485.

(19) Ferreira, AL; Coutinho, BR; Pinheiro, HT; Thomaz, LD. 2007.Composição florística e formações vegetais da Ilha dos Franceses, Espírito Santo. BOL. MUS. BIOL. MELLO LEITÃO (N. SÉR.) 22:25-44.

(20) Gunn, BF. 2004. The Phylogeny of the Cocoeae (Arecaceae) with Emphasis on Cocos nucifera. Annals of the Missouri Botanical Garden. 91(3):505-522.

(21) Babineau, M; Bruneau, A. 2017. Phylogenetic and biogeographical history of the Afro-Madagascan genera Delonix, Colvillea and Lemuropisum (Fabaceae: Caesalpinioideae). Botanical Journal of the Linnean Society, 184 (1): 59–78.

(22) Ly, J; Grageola, F. 2016. Botany and propagation of Cuban royal palms - Botánica y propagación de palmas reales cubanas. Cuban Journal of Agricultural Science, 50(4): 525-542.

(23) G1 Minas. 2019. Presença de bactéria causadora da febre maculosa é constatada na Lagoa da Pampulha e Cidade Administrativa, em BH. URL: Acta Biologica Brasiliensia, v. 4, n. 1 (2021) ISSN online 2596-0016 119 https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/06/26/presenca-de-bacteriacausadora-da-febre-maculosa-e-constatada-na-lagoa-da-pampulha-e-cidadeadministrativa-em-bh.ghtml. Publicado em 26/6/2109. Acessado em 17ABR2021.

(24) Rohr, HRS. 2013. Arborização urbana com espécies nativas. Ciências Rurais. Monografia Bacharelado. Universidade Federal de Sta. Catarina. Curitibanos. Sta. Catarina. 21 págs.

(25) Viana, SR; Landa, GG. 2020. Influência da arborização na redução da sensação térmica na região central da cidade de Nanuque/MG. Acta Biologica Brasiliensia, 3(2): 30-37.

(26) Farias, MCS; Costa, MC;; Albuquerque, RNO; Souza, V. 2015. Influência da cobertura vegetal no conforto térmico de dois bairros distintos de Belém-PA. 28 Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Rio de Janeiro. XII-041, 13 págs.

(27) Shams, JCA; Giacomeli, DC; Sucomine, NM. 2009. Emprego da arborização na melhoria do conforto térmico nos espaços livres públicos. REVSBAU, Piracicaba – SP, 4(4):1-16.

(28) Lopes, AS. 2015. A arte conceitual do capixaba Atílio Gomes Ferreira (Nenna) Conceptual art of Atílio Gomes Ferreira (Nenna). Revista GAMA, Estudos Artísticos. janeiro–junho 2015, 5:64-70.

(29) Sirvinskas, LP. 2010. Arborização urbana e meio ambiente. Aspectos jurídicos. Justitia. 13 páginas.

(30) Rocha, MAFS. 2018. Influência da arborização no microclima local: um estudo de caso em Copacabana. Monografia de Graduação, Curso de Engenharia Ambiental. Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, 99 págs.

(31) Lamberts, R; Dutra, L; Pereira, F. 2014. Eficiência Energética na Arquitetura. 3ª edição. Editora: Eletrobras/Procel.

(32) Silva Filho, DF; Pizetta, PUC; de Almeida, JBSA; Pivetta, KFL; Ferraudo, AS. 2002. Banco de dados relacional para cadastro, avaliação e manejo da arborização em vias públicas. R. Árvore, Viçosa-MG, 26(5):629-642

Downloads

Publicado

09-10-2025

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O SIGNIFICADO AMBIENTAL DA Terminalia catappa (CASTANHEIRA) NA ARBORIZAÇÃO DA ORLA LITORÂNEA DE VILA VELHA (ES). Acta Biologica Brasiliensia, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 96–119, 2025. DOI: 10.18554/acbiobras.v4i1.8741. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/acbioabras/article/view/8741. Acesso em: 5 dez. 2025.