Estresse e recuperação são diferentes entre atletas femininos e masculinos de Crossfit ®

Autores

  • Marco Aurélio Ferreira de Jesus Leite Universidade Federal de Uberlândia
  • Isadora Resende Apolinário
  • Bianca da Silva Martins
  • Isadora Martins Ramos
  • Cesar Augusto França Abrahão
  • Franciel José Arantes

Palavras-chave:

Exercício Físico, Desempenho atlético, Condicionamento extremo, Recuperação funcional.

Resumo

Objetivo: Comparar estresse e recuperação entre atletas femininos e masculinos amadores de Crossfit®. Métodos: Participaram 93 atletas (52 homens) atuantes em campeonatos. Estes foram avaliados no período antecedente as competições, de forma individual, isolada e padronizado pelo mesmo avaliador. O estresse e recuperação foi avaliado pelo questionário RestQ-Sport76. A distribuição dos dados foi testada pelo Shapiro Wilk. Os dados paramétricos foram comparados pelo teste t de student e os não-paramétricos pelo teste de Mann-Whitney. Nível de significância de 5% foi ajustado para todas as análises. Resultados: Os domínios de estresse geral (2.25 ± 1.50 vs. 0.75 ± 1.31), emocional (2.75 ± 1.75 vs. 2.00 ± 1.81), social (2.00 ± 1.25 vs. 0.75 ± 1.75), conflitos e pressão (3.33 ± 1.50 vs. 2.75 ± 1.81) foram maiores em mulheres em comparação aos homens, respectivamente (p < 0.05). Os domínios de perda de energia (2.33 ± 1.75 vs. 1.50 ± 1.37), sucesso (3.25 ± 1.75 vs. 4.12 ± 1.31), recuperação física (3.50 ± 1.25 vs. 4.25 ± 1.81), bem-estar geral (4.00 ± 1.60 vs. 4.75 ± 1.31), qualidade de sono (3.25 ± 1.50 vs. 4.00 ± 2.06), estar em forma (3.75 ± 0.75 vs. 4.15 ± 1.00) e auto regulação (4.00 ± 1.50 vs. 4.50 ± 1.06) foram menores em mulheres em comparação aos homens (p<0,05). Conclusão: Estresse geral, recuperação geral e recuperação do esporte são piores em praticantes de CrossFit do sexo feminino durante período de competição.

Biografia do Autor

Marco Aurélio Ferreira de Jesus Leite, Universidade Federal de Uberlândia

Mestrando em Ciências da Saúde

Referências

Joondeph SA, Joondeph BC. Retinal Detachment due to CrossFit Training Injury. Case Rep Ophthalmol Med. 2013;2013:189837.

Butcher SJ, Neyedly TJ, Horvey KJ, Benko CR. Do physiological measures predict selected CrossFit(®) benchmark performance? Open Access J Sports Med. 2015;6:241–7.

Glassman G. Understanding CrossFit. CrossFit J. 2007;56:1–2.

Smith MM, Sommer AJ, Starkoff BE, Devor ST. Crossfit-based high-intensity power training improves maximal aerobic fitness and body composition. J Strength Cond Res Natl Strength Cond Assoc. 2013;27:3159–72.

Claudino JG, Gabbett TJ, Bourgeois F, Souza H de S, Miranda RC, Mezêncio B, et al. CrossFit Overview: Systematic Review and Meta-analysis. Sports Med - Open. 2018;4:1–14.

Tibana RA, de Almeida LM, Frade de Sousa NM, Nascimento D da C, Neto IV de S, de Almeida JA, et al. Two Consecutive Days of Crossfit Training Affects Pro and Anti-inflammatory Cytokines and Osteoprotegerin without Impairments in Muscle Power. Front Physiol. 2016;7:260.

Weisenthal BM, Beck CA, Maloney MD, DeHaven KE, Giordano BD. Injury Rate and Patterns Among CrossFit Athletes. Orthop J Sports Med. 2014;2:2325967114531177.

Tibana RA, de Sousa NMF, Cunha GV, Prestes J, Fett C, Gabbett TJ, et al. Validity of Session Rating Perceived Exertion Method for Quantifying Internal Training Load during High-Intensity Functional Training. Sports Basel Switz. 2018;6.

Tibana RA, Sousa NMF de, Prestes J. Quantificação da carga de treinamento por meio do método da percepção subjetiva do esforço da sessão no Crossfit®: um estudo de caso e revisão da literatura. Rev Bras Ciênc E Mov. 2017;25:10.

Partridge JA, Knapp BA, Massengale BD. An investigation of motivational variables in CrossFit facilities. J Strength Cond Res. 2014;28:1714–21.

Kellmann M, Günther KD. Changes in stress and recovery in elite rowers during preparation for the Olympic Games. Med Sci Sports Exerc. 2000;32:676–83.

Costa LOP, Samulski DM. Processo de validação do questionário de estresse e recuperação para atletas (resq-sport) na língua portuguesa. Rev Bras Ciênc E Mov. 2005;13:79–86.

Di Fronso S, Nakamura FY, Bortoli L, Robazza C, Bertollo M. Stress and recovery balance in amateur basketball players: Differences by gender and preparation phase. Int J Sports Physiol Perform. 2013;8:618–22.

Kellman M, Altenburg D, Lormes W, Steinacker JM. Assessing Stress and Recovery During Preparation for the World Championships in Rowing. Sport Psychol. 2001;15:151–67.

Caputo EL, Rombaldi AJ, Silva MC da. Sintomas de estresse pré competitivo em atletas adolescentes de handebol. Rev Bras Cienc Esporte. 2017;39:68–72.

Hirota VB, Tragueta VA, Verardi CEL. Nivel de estresse pré-competitivo em atletas universitárias do sexo feminino praticantes do futsal. Rev Fac Educ Física UNICAMP. 2008;6:487–97.

de Rose Junior D. A competição como fonte de estresse no esporte. Rev Bras Ciênc E Mov. 2008;10:19–26.

Kenttä G, Hassmén P, Raglin JS. Mood state monitoring of training and recovery in elite kayakers. Eur J Sport Sci. 2006;6:245–53.

Vieira LF, Luders Fernandes S, Lopes Vieira JL, Nickenig Vissoci JR. Estado de humor e desempenho motor: Um estudo com atletas de voleibol de alto rendimento. Rev Bras Cineantropometria E Desempenho Hum. 2008;10:62–8.

Weisenthal BM, Beck CA, Maloney MD, DeHaven KE, Giordano BD. Injury Rate and Patterns Among CrossFit Athletes. Orthop J Sports Med. 2014;2:2325967114531177.

Rathi M. Two Cases of CrossFit®-Induced Rhabdomyolysis: A Rising Concern. Int J Med Stud. 2014;2:132–4.

Nakamura FY, Moreira A, Aoki MS. Monitoramento da carga de treinamento: a percepção subjetiva do esforço da sessão é um método confiável? Rev Educ FísicaUEM. 2010;21:1–11.

Downloads

Publicado

2021-12-20

Edição

Seção

Artigos originais