Tempo de tela como discriminador da autoavaliação do nível de saúde negativa em universitários
DOI:
https://doi.org/10.29327/2633897Palavras-chave:
Tempo de tela. Promoção da saúde. Estudantes.Resumo
Introdução: Os critérios de riscos dos comportamentos sedentários que podem predizer a saúde em nível negativo ainda não estão bem estabelecidos. Objetivo: Estabelecer pontos de corte dos comportamentos sedentários em frente à tela que discriminam a autoavaliação negativa de saúde em universitários. Métodos: Foi realizado um estudo transversal em 2019 com estudantes das universidades federais do estado da Bahia. A variável de classificação foi a autoavaliação negativa da saúde e as variáveis testadas foram o tempo de tela no total e em relação ao uso de televisão, computador para pesquisas e lazer, e vídeo game. Foram analisadas as áreas abaixo das curvas Receiver Operating Characteristics (ROC) e consideradas discriminantes aquelas com limite inferior do intervalo de confiança a 95% >0,50. O nível de significância foi de 5%. Resultados: Participaram 1.506 universitários. O tempo médio de tela no total para todos os estudantes apresentou curva ROC de 0,57 (IC95% = 0,54-0,60; sensibilidade = 45,8%; especificidade = 66,8%; ponto de corte de 9,2 horas/dia). Em homens e mulheres, o tempo médio de tela apresentaram curvas ROC de 0,58 (IC95% = 0,54-0,63) e 0,56 (IC95% = 0,53-0,60), respectivamente. Conclusão: A permanência em frente aos comportamentos de tela por tempo superior a 9,2h pode estimular a autoavaliação negativa de saúde. Esse ponto de corte, embora preliminar, pode ser útil para subsidiar políticas de fomento a avaliação positiva de saúde entre universitários.
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