Efeito do potencial pós ativação na capacidade de repetir sprints em jogadores recreacionais de futebol

Autores

  • Paulo Henrique Cunha Vilela Centro Universitário do Cerrado Patrocínio
  • Franciel José Arantes Centro Universitário do Cerrado Patrocínio

Palavras-chave:

esforço físico, esportes, performance atlética, exercício de aquecimento

Resumo

Objetivo: Verificar se a capacidade de repetir sprints, pode ser potencializada em jogadores recreacionais de futebol após realização de exercício de meio-agachamento na musculação. Métodos: Dez voluntários com idade (21.20 ± 2.78 anos) e tempo de prática (13.50 ± 3.27 meses) em futebol, realizaram em dois dias diferentes, de modo randomizado e contrabalanceado, dois testes, um com estimulação do PPA em exercício de meio-agachamento em uma série de dez repetições com 70% da massa corporal e outro sem nenhum procedimento (CON). Após um intervalo de oito minutos, os voluntários completaram ao menor tempo possível, seis sprints de 35 metros, dados de potência pico, média e mínima e o índice de fadiga (IF) foram obtidas. A percepção subjetiva de esforço (PSE) e a frequência cardíaca (FC) foram registradas ao final do protocolo. Resultados: O tempo total dos sprints não foi diferente entre as situações (PPA = 34.12 ± 2.91s vs. CON = 34.72 ± 1.78s; p = 0.46). A potência média (PPA = 444.14 ± 91.83W vs. CON = 415.83 ± 86.53W; p = 0.10), a potência mínima (PPA = 344.25 ± 67.47W vs. CON = 326.59 ± 77.05W; p = 0.21), o IF (PPA = 44.81 ± 12.78% vs. CON = 39.00 ± 9.10%; p = 0.32) a PSE (PPA = 6.70 ± 1.34pts. vs. CON = 7.20 ± 1.40pts.; p = 0.67) e a FC (PPA = 175 ± 27.11bpm vs. CON = 176 ± 12.25bpm; p = 0.76) também não apresentaram diferença significativa. Por vez, a potência pico (PPA = 654.40 ± 195.30W vs. CON = 534.83 ± 93.75W; p = 0.004) apresentaram diferença entre as situações, assim como a velocidade máxima (PPA = 7.00 ± 0.63m.s-1 vs CON = 6.60 ± 0.18m.s-1; p = 0.04). Conclusão: Verificou-se que o PPA com a carga referente a massa corporal, afeta a potência pico e a velocidade pico em jogadores recreacionais de futebol.

Biografia do Autor

Franciel José Arantes, Centro Universitário do Cerrado Patrocínio

Mestre em Ciência pela Universidade Federal de Uberlândia, docente celetista do Centro Universitário do Cerrado Patrocínio (UNICERP) no curso de Educação Física.

Referências

Batista MAB, Roschel H, Barroso R, Ugrinowitsch C, Tricoli V. Potencialização pós-ativação: possíveis mecanismos fisiológicos e sua aplicação no aquecimento de atletas de modalidades de potência. Rev da Educ Física/UEM. 2010;21(1):161–74.

Moraes Caneviski JI, Crepaldi JR, Fernandes EV. Influência do Aquecimento no Desempenho do Teste de Salto Horizontal em Jovens Adultos. J Heal Sci. dezembro de 2017;19(3):149.

Tillin NA, Bishop D. Factors modulating post-activation potentiation and its effect on performance of subsequent explosive activities. Sport Med. 2009;39(2):147–66.

Bishop D. Warm up I: Potential mechanisms and the effects of passive warm up on exercise performance. Sport Med. 2003;33(6):439–54.

Mola JN, Bruce-Low SS, Burnet SJ. Optimal recovery time for postactivation potentiation in professional soccer players. J Strength Cond Res. 2014;28(6):1529–37.

Lorenz D. Postactivation potentiation: an introduction. Int J Sports Phys Ther. 2011;6(3):234–40.

Winwood PW, Posthumus LR, Cronin JB, Keogh JWL. The acute potentiating effects of heavy sled pulls on sprint performance. J Strength Cond Res. maio de 2016;30(5):1248–54.

Healy R, Comyns TM. The Application of Postactivation Potentiation Methods to Improve Sprint Speed: Strength Cond J. fevereiro de 2017;39(1):1–9.

Doma K, Leicht AS, Schumann M, Nagata A, Senzaki K, Woods CE. Postactivation potentiation effect of overloaded cycling on subsequent cycling Wingate performance. J Sports Med Phys Fitness. 2019;59(2):217–22.

Wilson JM, Duncan NM, Marin PJ, Brown LE, Loenneke JP, Wilson SMC, et al. Meta-analysis of postactivation potentiation and power: Effects of conditioning activity, volume, gender, rest periods, and training status. J Strength Cond Res. 2013;27(3):854–9.

Chatzopoulos DE, Michailidis CJ, Giannakos AK, Alexiou KC, Patikas DA, Antonopoulos CB, et al. Postactivation potentiation effects after heavy resistance exercise on running speed. J Strength Cond Res. 2007;21(4):1278–81.

Lim JJH, Kong PW. Effects of isometric and dynamic postactivation potentiation protocols on maximal sprint performance. J Strength Cond Res. 2013;27(10):2730–6.

Sharma SK, Raza S, Moiz JA, Verma S, Naqvi IH, Anwer S, et al. Postactivation Potentiation Following Acute Bouts of Plyometric versus Heavy-Resistance Exercise in Collegiate Soccer Players. Biomed Res Int. 2018;1–8.

Vanderka M, KrcMár M, Longová K, Walker S. Acute Effects of loaded half-squat jumps on sprint running speed in track and field athletes and soccer players. J Strength Cond Res. 2016;30(6):1540–6.

Nealer AL, Dunnick DD, Malyszek KK, Wong MA, Costa PB, Coburn JW, et al. Influence of rest intervals after assisted sprinting on bodyweight sprint times in female collegiate soccer players. J Strength Cond Res. 2017;31(1):88–94.

Glaister M. Multiple-sprint work: Methodological, physiological, and experimental issues. Int J Sports Physiol Perform. 2008;3(1):107–12.

Glaister M. Multiple sprint work: Physiological responses, mechanisms of fatigue and the influence of aerobic fitness. Sport Med. 2005;35(9):757–77.

Soares J, Rebelo ANC. Fisiologia do treinamento no alto desempenho do atleta de futebol. Rev USP. 2013;(99):91–106.

Loturco I, Tricoli V, Roschel H, Nakamura FY, Abad CCC, Kobal R, et al. Transference of Traditional Versus Complex Strength and Power Training to Sprint Performance. J Hum Kinet. julho de 2014;41(1):265–73.

Hardee JP, Lawrence MM, Zwetsloot KA, Triplett NT, Utter AC, McBride JM. Effect of cluster set configurations on power clean technique. J Sports Sci. 2013;31(5):488–96.

Andrade VL, Zagatto AM, Kalva-Filho CA, Mendes OC, Gobatto CA, Campos EZ, et al. Running-based anaerobic sprint test as a procedure to evaluate anaerobic power. Int J Sports Med. 2015;36(14):1156–62.

Moreira A, Costa EC, Lodo L, Freitas CG, Arruda AFS, Aoki MS. Validade e reprodutibilidade de receptores para o GPS em relação à distância percorrida. Rev Andaluza Med del Deport. 2013;6(4):146–50.

Borg G. Psychophysical bases of perceived exertion. Med Sci Sports Exerc. 1982;14(5):377–81.

Cohen J. Statistical power analysis for the behavioral sciences. Vol. 2nd, Statistical Power Analysis for the Behavioral Sciences. 1988. p. 567.

Okuno NM, Tricoli V, Silva SBC, Bertuzzi R, Moreira A, Kiss MAPDM. Postactivation potentiation on repeated-sprint ability in elite handball players. J Strength Cond Res. 2013;27(3):662–8.

Linder EE, Prins JH, Murata NM, DeRenne C, Morgan CF, Solomon JR. Effects of preload 4 repetition maximum on 100-m sprint times in collegiate women. J Strength Cond Res. 2010;24(5):1184–90.

Harmanci H, Karavelioğlu MB. Effects of different warm-up methods on repeated sprint performance. Biomed Res. 2017;28(17):7540–5.

Borba D de A, Ferreira-Júnior JB, Santos LA dos, Carmo MC Do, Coelho LGM. Effect of post-activation potentiation in Athletics: a systematic review. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2017;19(1):128–38.

MacIntosh BR, Robillard M-E, Tomaras EK. Should postactivation potentiation be the goal of your warm-up? Appl Physiol Nutr Metab. 2012;37(3):546–50.

Zagatto AM, Beck WR, Gobatto CA. Validity of the running anaerobic sprint test for assessing anaerobic power and predicting short-distance performances. J Strength Cond Res. 2009;23(6):1820–7.

Downloads

Publicado

2020-08-03

Edição

Seção

Artigos originais