Gestão do cuidado e da clínica no atendimento aos usuários da Estratégia Saúde da Família

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/refacs.v7i1.2169

Palavras-chave:

Guia de Prática Clínica, Estratégia Saúde da Família, Atenção Primária à Saúde, Integralidade em saúde, Sistema Único de Saúde

Resumo

O objetivo do estudo foi analisar a prática clínica e a gestão do cuidado no cotidiano da Estratégia Saúde da Família com ênfase nos limites, potencialidades e desafios para a consolidação do Sistema Único de Saúde. Trata-se de estudo de natureza qualitativa, realizado com 42 usuários e 31 trabalhadores de saúde do Município de Fortaleza, Ceará. Os resultados evidenciam que as ações de saúde no território são regidas pela eficiência produtiva da equipe de saúde. Emergiram como categorias: os limites e tensões no atendimento, as potencialidades cotidianas, e os desafios para gestão do cuidado e da clínica. As limitações estruturais e operacionais para o cuidado em saúde são superadas pelas relações intersubjetivas entre a equipe e a comunidade. A gestão do cuidado se verticaliza nos processos de trabalho e se demonstra frágil no que diz respeito ao alcance de condições de saúde adequadas. Considera-se que a prática clínica e o cuidado em saúde tangenciam as diretrizes político-institucionais do Sistema Único de Saúde e o direito à saúde ainda é parcialmente garantido no cotidiano assistencial.

Biografia do Autor

  • Antonio Germane Alves Pinto, Universidade Regional do Cariri
    Doutor em Saúde Coletiva. Professor Adjunto da Universidade Regional do Cariri.
  • Maria Dayanne Luna Lucetti, Universidade Regional do Cariri
    Mestre em Enfermagem.
  • Kelly Fernanda Silva Santana, Universidade Regional do Cariri
    Mestre em Enfermagem.
  • Adriana de Moraes Bezerra, Universidade Regional do Cariri
    Mestre em Enfermagem.

Referências

Fertonani HP, Pires DEP, Biff D, Scherer MDA. Modelo assistencial em saúde: conceitos e desafios para a atenção básica brasileira. Ciênc Saúde Colet. [Internet]. 2015 [citado em 15 jun 2017]; 20(6):1869-78. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015206.13272014

Boing AF, Vicenzi RB, Magajewski F, Boing AC, Moretti-Pires RO, Peres KG, et al. Redução das internações por condições sensíveis à atenção primária no Brasil entre 1998-2009. Rev Saúde Pública [Internet]. 2012 [citado em 15 jun 2017]; 46(2):359-66. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012005000011

Silva LA, Casotti CA, Chaves SCL. A produção científica brasileira sobre a Estratégia Saúde da Família e a mudança no modelo de atenção. Ciênc Saúde Colet. [Internet]. 2013 [citado em 18 jun 2017]; 18(1):221-32. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232013000100023

Sousa MF, Hamann EM. Saúde da família no Brasil: estratégia de superação da desigualdade na saúde? Physis [Internet]. 2009 [citado em 18 jun 2017]; 19(3):711-29. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312009000300009

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ed. São Paulo: Hucitec; 2014.

Ministério da Saúde (Br), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento da Atenção Básica. Evolução do credenciamento e implantação da estratégia Saúde da Família. Dados do Estado do Ceará e capital [Internet]. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013 [citado em 18 jun 2017]; Disponível em: http://dab.saude.gov.br/historico_cobertura_sf/historico_cobertura_sf_relatorio.php

Conselho Nacional de Saúde (Brasil). Resolução Nº 466 de 12 de dezembro de 2012 [Internet]. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos [Internet]. Brasília, DF: CNS; 2012 [citado em 18 jun 2017]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html

Jesus WLA, Assis MMA. Revisão sistemática sobre o conceito de acesso nos serviços de saúde: contribuições do planejamento. Ciênc Saúde Colet. [Internet]. 2010 [citado em 18 jun 2017]; 15(1):161-70. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v15n1/a22v15n1.pdf DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232010000100022

Pessoa VM, Rigotto RM, Carneiro FF, Teixeira ACA. Sentidos e métodos de territorialização na atenção primária à saúde. Ciênc Saúde Colet. [Internet]. 2013 [citado em 18 jun 2017]; 18(8):2253-62. DOI:http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232013000800009

Almeida PF, Giovanella L, Nunan BA. Coordenação dos cuidados em saúde pela atenção primária à saúde e suas implicações para a satisfação dos usuários. Saúde Debate [Internet]. 2012 [citado em 18 jun 2017]; 36(94):375-91. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-11042012000300010

Cunha EM, Giovanella L. Longitudinalidade/continuidade do cuidado: identificando dimensões e variáveis para a avaliação da Atenção Primária no contexto do sistema público de saúde brasileiro. Ciênc Saúde Colet. [Internet]. 2011 [citado em 18 jun 2017]; 16(Suppl1):1029-42. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v16s1/a36v16s1.pdf

Arce VAR, Sousa MF. Práticas de longitudinalidade no âmbito da Estratégia Saúde da Família no Distrito Federal. Cad Saúde Colet. [Internet]. 2014 [citado em 18 jun 2017]; 22(1):62-8. DOI:http://dx.doi.org/10.1590/1414-462X201400010010

Cecilio LCO, Andreazza R, Carapinheiro G, Araújo EC, Oliveira LA, Andrade MGG, et al. A Atenção Básica à Saúde e a construção das redes temáticas de saúde: qual pode ser o seu papel? Ciênc Saúde Colet. [Internet]. 2012 [citado em 18 jun 2017]; 17(11):2893-902. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012001100006

Reis RS, Coimbra LC, Silva AAM, Santos AM, Alves MTSSB, Lamy ZC, et al. Acesso e utilização dos serviços na Estratégia Saúde da Família na perspectiva dos gestores, profissionais e usuários. Ciênc Saúde Colet. [Internet]. 2013 [citado em 18 jun 2017]; 18(11):3321-31. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232013001100022

Norman AH, Tesser CD. Acesso ao cuidado na Estratégia Saúde da Família: equilíbrio entre demanda espontânea e prevenção/promoção da saúde. Saúde Soc. [Internet]. 2015 [citado em 18 jun 2017]; 24(1):165-79. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902015000100013

Castro ALB, Machado CV. A política federal de atenção básica à saúde no Brasil nos anos 2000. Physis [Internet]. 2012 [citado em 18 jun 2017]; 22(2):477-506. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312012000200005

Pinto AGA, Jorge MSB. Prática clínica na estratégia saúde da família: relações entre equipe e usuários no território urbano. Rev Eletrônica Gest Saúde [Internet]. 2015 [citado em 18 jun 2017]; 6(2):1514-29. DOI: http://dx.doi.org/10.18673/gs.v6i2.22483

Campos CMS, Silva BRB, Forlin DC, Trapé CA, Lopes IO. Práticas emancipatórias de enfermeiros na Atenção Básica à Saúde: a visita domiciliar como instrumento de reconhecimento de necessidades de saúde. Rev Esc Enferm USP. [Internet]. 2014 [citado em 18 jun 2017]; 48(Esp):119-25. DOI: 10.1590/S0080-623420140000600017

Bezerra RS, Carvalho EL. Profissionais de saúde e dispositivos de mediação na atenção básica. In: Pinheiro R, Martins PH, editores. Usuários, redes sociais, mediações e integralidade em saúde. Rio de Janeiro: UERJ/IMS/LAPPIS; 2011. p. 149-60.

Gazzinelli MF, Souza V, Fonseca RMGS, Fernandes MM, Carneiro ACLL, Godinho LK. Práticas educativas grupais na atenção básica: padrões de interação entre profissionais, usuários e conhecimento. Rev Esc Enferm USP. [Internet] 2015 [citado em 18 jun 2017]; 49(2):284-91. DOI:http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420150000200014

Campos GWS. Um método para análise e co-gestão de coletivos. São Paulo: Hucitec; 2000.

Cecílio LCO. As necessidades de saúde como conceito estruturante na luta pela integralidade e eqüidade na atenção em saúde. In: Pinheiro R, Mattos RA, editores. Os sentidos da integralidade na atenção e no cuidado à saúde. Rio de Janeiro: Cepesc; 2001. p. 113-126.

Sancho LG, Silva NEK. Descortinando o acesso aos serviços de saúde na perspectiva da interdisciplinaridade: debate de ideias. Physis [Internet]. 2013 [citado em 18 jun 2017]; 23(2):371-91. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312013000200004

Publicado

2019-01-29

Edição

Seção

Artigos originais

Como Citar

Gestão do cuidado e da clínica no atendimento aos usuários da Estratégia Saúde da Família. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 23–31, 2019. DOI: 10.18554/refacs.v7i1.2169. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/refacs/article/view/2169. Acesso em: 16 maio. 2025.