Depressão e envolvimento em atividades prazerosas em idosos submetidos à hemodiálise em um hospital-escola: estudo descritivo
DOI:
https://doi.org/10.18554/refacs.v6i4.3292Palavras-chave:
Saúde mental, Idoso, Insuficiência renal crônicaResumo
Este é estudo quantiqualitativo realizado em julho e junho de 2017 com o objetivo investigar como se dá a manifestação da Prática de Atividades Prazerosas (PAP) em idosos com Doença Renal Crônica e verificar a presença de sintomas depressivos em usuários submetidos à hemodiálise num hospital escola de uma cidade de médio porte em Minas Gerais. Utilizaram-se: questionário sociodemográfico, Escala Brasileira de Atividades Prazerosas para idosos (PAP), Escala de Depressão Geriátrica-15, Escala de Atividades Instrumentais da Vida Diária de Pfeffer e, Roteiro de Entrevista semiestruturado. Nos dados quantitativos se fez análise descritiva e nas questões qualitativa se usou análise de conteúdo. Participaram sete idosos, das quais quatro do sexo feminino e todos com baixa escolaridade. Três idosos apresentaram triagem positiva para depressão. A média da amostra (M=1,1) indicou moderada PAP. Emergiram três categorias: Família como fonte de cuidado e mediação na prática de atividades; A DRC e os impactos negativos na PAP em idosos; e, Adaptações na rotina de PAP por idosos com DRC. Observou-se que a família desses idosos atuou como mediadora, facilitando ou dificultando a PAP. Apesar de existirem diversos impactos negativos para idosos na PAP acarretados pela DRC, alguns participantes relataram ainda uma capacidade de se adaptar frente a estas perdas. A implementação de intervenções que visem amenizar sintomas depressivos e aumentar a PAP nesta população é uma ação necessária.
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