Benefícios de programas de condicionamento extremo para mulheres

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/refacs.v8i2.4336

Palavras-chave:

Saúde da mulher, Atividade motora, Força muscular, Qualidade de vida.

Resumo

Este é um estudo observacional de caráter transversal, realizado em 2019, com o objetivo de quantificar força, flexibilidade e a qualidade de vida de acordo com o tempo de prática no programa de condicionamento extremo. Participaram 23 mulheres, divididas em dois grupos, mulheres com prática menor que oito meses (G1 – 12 participantes) e mais que oito meses (G2 – 11 participantes). Mesmo não apontando diferenças significativas, é possível observar maior força escapular no G2 (20,94) em relação ao G1 (17,75) e maior força dos membros inferiores no G2 (84,12) em relação ao G1 (67,39). Houve uma redução significativa da flexibilidade para rotação de ombro (p=0,012), um discreto aumento na maioria dos domínios e no escore final da qualidade de vida. As mulheres podem se beneficiar com a prática de programa de condicionamento extremo tanto em curto quanto em longo prazos.

Biografia do Autor

Lucimara Ferreira Magalhães, Programa de Pós Graduação em Educação Física (PPGEF) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Fisioterapeuta. Mestranda do Programa de Pós Graduação em Educação Física (PPGEF) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil

Antônio Ribeiro Neto, PPGEF/UFTM

Profissional de Educação Física. Mestrando em Educação Física do PPGEF/UFTM, Uberaba, MG, Brasil

Isabel Aparecida Porcatti de Walsh, Curso de Graduação em Fisioterapia da UFTM e do Programa de Pós Graduação em Fisioterapia (PPGF) da UFTM/Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Fisioterapeuta. Doutora em Fisioterapia. Professora Associada do curso de Graduação em Fisioterapia da UFTM e do Programa de Pós Graduação em Fisioterapia (PPGF) da UFTM/Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberaba, MG, Brasil

Dernival Bertoncello, Curso de Graduação em Fisioterapia e do PPGF da UFTM/UFU

Fisioterapeuta. Doutor em Ciências Fisiológicas. Professor Associado do curso de Graduação em Fisioterapia e do PPGF da UFTM/UFU, Uberaba, MG, Brasil

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Publicado

2020-06-15

Como Citar

Magalhães, L. F., Ribeiro Neto, A., Walsh, I. A. P. de, & Bertoncello, D. (2020). Benefícios de programas de condicionamento extremo para mulheres. Revista Família, Ciclos De Vida E Saúde No Contexto Social, 8(2), 274–281. https://doi.org/10.18554/refacs.v8i2.4336